Ressignificando o museu vivo da memória candanga : ensino de história local nos anos iniciais do ensino fundamental

Abstract

A história oficial da construção de Brasília é permeada de narrativas que contribuem para a invisibilização de muitos indivíduos que foram fundamentais para a construção da cidade, além dos que já ganham mais destaque como Kubitschek, Lucio Costa e Niemeyer. A importância e as histórias destes indivíduos invisibilizados, os candangos e candangas, não são mencionadas na dita história oficial, então estes acabam por ficar sem identidade. Sendo assim, essa pesquisa parte de uma revisão bibliográfica para investigar a repercussão das narrativas hegemônicas no contexto do ensino da história de Brasília. O trabalho chegou ao resultado de como pode ser problemático ter uma narrativa hegemônica sobre Brasília e apontando importância da revisão dessa narrativa para o ensino de história local nos anos iniciais. Nesse sentido, analiso o Museu Vivo da Memória Candanga e discuto como a exposição “Poeira, lona e concreto” reforça esta narrativa de uma história com um único ponto de vista. Por fim é apresentada uma proposta de visita ao museu com um grupo escolar do 4º ano do ensino fundamental, onde um dos principais objetivos é dar voz e identidade aos candangos invisibilizados.