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Título: Uma análise interdisciplinar do testemunho de ouvir dizer na fase de pronúncia : validade, valorização, utilização e impacto do testemunho de ouvir dizer na fase de pronúncia
Autor(es): Martins Filho, Luiz Eduardo Seixas
Orientador(es): Duarte, Evandro Charles Piza
Coorientador(es): Kalkmann, Tiago
Assunto: Memória
Processo penal
Testemunho
Testemunhas (Direito)
Data de apresentação: 16-Jul-2025
Data de publicação: 16-Out-2025
Referência: MARTINS FILHO, Luiz Eduardo Seixas. Uma análise interdisciplinar do testemunho de ouvir dizer na fase de pronúncia: validade, valorização, utilização e impacto do testemunho de ouvir dizer na fase de pronúncia. 2025. 70 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025.
Resumo: O presente trabalho analisa o testemunho de ouvir dizer sob lentes multidisciplinares e seu impacto no processo penal brasileiro. Especialmente no procedimento do júri, a visão neurocientífica demonstra que o testemunho de ouvir dizer é demasiado precário, de um ponto de vista de retenção de dados, para ser prova no processo penal. O tópico ainda é muito debatido por doutrinadores e há diversos argumentos tanto para a validade do testemunho de ouvir dizer na pronúncia quanto para sua precariedade. A jurisprudência consolidada no STJ é de que o testemunho de ouvir dizer não pode ser utilizado como único ou principal meio de prova para a decisão de pronúncia e a pesquisa realizada demonstra que esse entendimento encontra resistências em diversos juízos, que insistem em aceitar a utilização do testemunho indireto como único meio probante, o que acaba por ser mantido em alguns tribunais de segunda instância", gerando volume de processo no STJ sobre matéria pacífica. Evidência disso é que cerca de 10% dos processos tomados como amostra continham utilização inadequada do testemunho de ouvir dizer.
Abstract: This paper analyzes hearsay testimony through a multidisciplinary lens, examining its impact on the Brazilian criminal process, especially in jury proceedings. A neuroscientific perspective demonstrates that hearsay testimony is too precarious, from a data retention standpoint, to serve as evidence in criminal proceedings. This topic is still widely debated by legal scholars, with various arguments for both the validity and the precariousness of hearsay testimony in the decision to send a case to trial ("pronúncia"). The consolidated jurisprudence of the Superior Court of Justice (STJ) holds that hearsay testimony cannot be used as the sole or primary means of evidence for a "pronúncia" decision. The research conducted shows that this understanding faces resistance in several courts, which insist on accepting the use of indirect testimony as the sole means of proof. This often leads to such decisions being upheld in some second-instance courts, generating a volume of cases in the STJ concerning a settled matter. Evidence of this is that approximately 10% of the sampled cases contained improper use of hearsay testimony.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, 2025.
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