Título: | Plenário virtual do Superior Tribunal de Justiça : contraditório e colegialidade nos órgãos julgadores de direito privado em 2024 |
Autor(es): | Aquino, Aline Cosme Neves Miranda de |
Orientador(es): | Oliveira, André Macedo de |
Assunto: | Plenário virtual Superior Tribunal de Justiça (STJ) Julgamentos (Direito) |
Data de apresentação: | 10-Jul-2025 |
Data de publicação: | 9-Out-2025 |
Referência: | AQUINO, Aline Cosme Neves Miranda de. Plenário virtual do Superior Tribunal de Justiça: contraditório e colegialidade nos órgãos julgadores de direito privado em 2024. 2025. 58 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025. |
Resumo: | O presente trabalho investiga o modelo de Plenário Virtual (PV) adotado pelo Superior
Tribunal de Justiça (STJ), com foco nos órgãos julgadores de direito privado (Segunda Seção,
Terceira e Quarta Turmas) durante o ano de 2024. A partir da conjugação de doutrina clássica e
contemporânea e um estudo empírico com base em dados fornecidos pela Corte, o objetivo é
ponderar em que medida o procedimento virtual, especialmente diante das alterações
promovidas pela Emenda Regimental nº 45/2024 e pela Resolução nº 3/2025, observa garantias
constitucionais como o contraditório, a ampla defesa e a colegialidade. Os resultados revelam
uma tensão entre a busca por eficiência e a preservação do devido processo legal. A análise dos
dados da Corte demonstra um índice de unanimidade de 99,98% nos julgamentos virtuais, em
contraste com 82,06% nos presenciais, sugerindo um significativo déficit deliberativo. A
pesquisa aponta fragilidades na sustentação oral assíncrona, cuja efetiva apreciação não é
garantida, e falhas na publicidade dos atos processuais. Conclui-se que o modelo atual, embora
aumente a produtividade, fragiliza a deliberação colegiada e o contraditório substancial,
arriscando a formação de precedentes instáveis. Por fim, são sugeridos caminhos para aprimorar
o sistema, como a adoção de um modelo de bifurcação procedimental, a fim de compatibilizar
a celeridade com a qualidade e a legitimidade da prestação jurisdicional. |
Abstract: | This study examines the Virtual Trial (PV) model implemented by Brazil's Superior
Court of Justice (STJ), focusing on private law judging bodies (Second Section, Third and
Fourth Panels) during 2024. Combining classic and contemporary doctrinal analysis with em pirical data from the Court, we evaluate how this virtual procedure — particularly after Regu latory Amendment nº 45/2024 and Resolution nº 3/2025 — complies with constitutional safe guards including adversarial proceedings, the right to full defense, and collegiality. Findings
reveal a tension between efficiency gains and due process protections. The Court's data indica tes a 99.98% unanimity rate in virtual rulings versus 82.06% in physical sessions, suggesting
substantial deliberative shortcomings. The research identifies vulnerabilities in asynchronous
oral arguments (whose proper consideration remains unverified) and transparency gaps in pro cedural acts. We conclude that while boosting productivity, the current model undermines me aningful collegial deliberation and substantive adversarial exchange, potentially generating
unstable precedents. The paper proposes systemic improvements, such as a bifurcated procedu ral approach, to balance expediency with judicial decision quality and legitimacy. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, 2025. |
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