Resumo: | Este estudo tem como objetivo geral analisar os resultados da utilização do robô Alice -
acrônimo de Analisador de Licitações, Contratos e Editais - no âmbito dos órgãos públicos
federais CGU e TCU. Os processos de licitações são especialmente vulneráveis a erros, desvios,
fraudes e corrupção, devido à combinação de grandes quantias de recursos destinado às compras
governamentais, falta de pessoal treinado, entre outro fatores. Consoante a isso, a vasta
produção diária de informações relativa aos processos de licitações produzidos pelo Governo
Federal torna difícil para os servidores públicos fiscalizadores coletar e analisar esses dados de
forma eficaz, principalmente no âmbito das instituições de controle interno e externo, CGU e
TCU. Portanto, é cada vez mais necessário utilizar-se de bancos de dados e ferramentas
eletrônicas para automatizar e agilizar a análise desses dados, tornando o processo mais
assertivo, célere e transparente. Nesse contexto, a inteligência artificial, através de robôs,
destaca-se como um mecanismo capaz de trazer maior eficácia ao combate de fraudes e
corrupção em licitações, uma vez que tema a capacidade de realizar verificações rápidas e
abrangentes a fim de identificar padrões de inconformidades, proporcionando uma eficiência
que seria inatingível sem o auxílio desses sistemas computacionais. Diante da escassez de
estudos sobre o Alice, que é uma ferramente desenvolvida a menos de uma década pela CGU,
este trabalho caracterizado como uma revisão de literatura do tipo narrativo-empírica, de
natureza qualitativa, método exploratório e levantamento bibliográfico, buscou no estado da
arte sobre o tema e encontrou apontamentos de resultados positivos da utilização do robô no
ambito destes dois importantes órgãos de controle de contas públicas do Brasil. Observou-se
portanto, que o Alice trouxe resultados positivos tanto para a CGU quanto para o TCU, sendo
relatados principalmente uma maior eficiência, eficácia e efetividade para o controle de
licitações, além de permitir a instauração de uma auditoria denominada de preventiva e
contínua, primordial para o controle adequado das compras e contratações governamentais,
resguardando-se o erário públicos de perdas por má gestão e corrupção. Concluiu-se que a
utilização de ferramenta de inteligência artificial como o Alice mostra-se promissora e
representa um pequena revolução que pode significar o surgimento de uma Auditoria 4.0 no
país. |