Título: | A manifestação dos seres não-humanos nas artes e a busca por outros modos de existência : diálogos entre Clarice Lispector e Ana Mendieta |
Autor(es): | Santos, Ana Paula de Lima |
Orientador(es): | Dias, Anne Louise |
Assunto: | Literatura comparada Lispector, Clarice, 1920-1977 Mendieta, Ana, 1948-1985 |
Data de apresentação: | 3-Set-2024 |
Data de publicação: | 21-Nov-2024 |
Referência: | SANTOS, Ana Paula de Lima. A manifestação dos seres não-humanos nas artes e a busca por outros modos de existência: diálogos entre Clarice Lispector e Ana Mendieta. 2024. 37 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Letras Português) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. |
Resumo: | A humanidade, inserida no contexto antropocêntrico ocidental, encontra-se desconectada com os demais seres com os quais coexiste. A arte surge, portanto, como meio através do qual o ser humano consegue dialogar e se (re)conectar com esses seres tão alheios e tão diferentes de si. Existe, nas mais variadas manifestações artísticas, representações e manifestações dos seres não-humanos. No entanto, em algumas delas, é possível identificar uma forma específica de diálogo travado entre o sujeito e os demais viventes: uma transformação completa em ser vegetal, a “metamorfose vegetal”. Este trabalho busca investigar a transformação em ser vegetal presente, em relação dialógica, na narração feita pela narradora-pintora da obra literária Água viva (1973), de Clarice Lispector, e nas performances Imagen de Yagul (1973) e Árbol de la Vida (1976), da artista plástica cubana Ana Mendieta. Nessas obras, as artistas adquirem sementes, raízes, flores, frutos e folhas — estruturas das plantas —, o que as permite alcançar compreensões sobre a existência que não podem ser atingidas pela inteligência humana isoladamente. Ao se colocarem em diálogo profundo com o reino vegetal, as artistas abandonam a existência simplesmente humana e compreendem-se inseridas e imersas em uma existência harmônica com a natureza e os demais seres viventes. |
Abstract: | Humanity, inserted in the Western anthropocentric context, is disconnected from the other beings with which it coexists. Art, therefore, emerges as a means through which human beings can dialogue with and (re)connect with these alien and vastly different beings. Representations of non-human beings are present in the most varied artistic manifestations. However, in some of them, it is possible to identify a specific form of dialogue between the subject and the nonhuman beings: a complete transformation into a plant, “plant metamorphosis”. This work seeks to investigate the transformation into a vegetal being present, in a dialogical relationship, in the narration made by the narrator-painter of the literary work Água viva (1973), by Clarice Lispector, and in the performances Imagen de Yagul (1973) and Árbol de la Vida (1976), by Ana Mendieta. In these works, the artists acquire seeds, roots, flowers, fruits, and leaves — plant structures —, which allows them to understand existence that cannot be achieved by human intelligence alone. By placing themselves in deep dialogue with the plant kingdom, the artists abandon human existence and understand themselves as inserted and immersed in a harmonious existence with nature and other living beings. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, 2024. |
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Aparece na Coleção: | Letras - Português
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