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Título: A sistemática demarcatória de terras indígenas durante a ditadura militar : o caso dos Karajá de Santana do Araguaia (1970-1980)
Autor(es): Silva, Thawanne Rayssa Galdino
Orientador(es): Chaves Júnior, José Inaldo
Assunto: Povos indígenas - Karajá
Ditadura militar
Fundação Nacional do Índio (FUNAI)
Demarcação de terras
Data de apresentação: 20-Set-2024
Data de publicação: 29-Out-2024
Referência: SILVA, Thawanne Rayssa Galdino. A sistemática demarcatória de terras indígenas durante a ditadura militar: o caso dos Karajá de Santana do Araguaia (1970-1980). 2024. 54 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em História) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024.
Resumo: Esta monografia tem como objetivo analisar o processo de demarcação de terras do povo Karajá de Santana do Araguaia, ocorrido durante a década de 1970, quando o Brasil ultrapassava uma ditadura militar (1964-1985). Influenciados pelos movimentos indígenas contemporâneos e por avanços teórico-metodológicos da própria ciência da História, novos estudos sobre povos indígenas têm desafiado interpretações sobre os povos originários, marcadas por estereótipos, invisibilização e subalternização. Com isso, pode-se afirmar que está em curso uma reavaliação crítica das narrativas tradicionais da história do Brasil. Tal revisão vem fomentando novos problemas e a utilização de diferentes tipos de fontes para recontar histórias, memórias e compreender adequadamente as identidades dos povos indígenas no presente e no passado. Neste sentido, o estudo da demarcação das terras Karajá, por meio de seu processo administrativo produzido no âmbito da FUNAI, pode elucidar as complexas relações entre o Estado, comunidades indígenas e não-indígenas durante a Ditadura Militar brasileira, sinalizando estratégias, mecanismos de resistência, adaptação e atuação política. Para essa análise, utilizou-se a documentação presente no acervo digital "Armazém Memória – Um Resgate Coletivo da História", uma fonte rica e abrangente, composta por 624 páginas que cobrem cerca de três décadas.
Abstract: This monograph aims to analyze the land demarcation process of the Karajá people in Santana do Araguaia, which took place during the 1970s when Brazil was emerging from a military dictatorship (1964-1985). Influenced by contemporary indigenous movements and theoretical and methodological advances in the field of History, new studies on indigenous peoples have challenged the traditional interpretations of native populations, which were often marked by stereotypes, invisibility, and subordination. As a result, it can be argued that a critical reassessment of the traditional narratives of Brazilian history is underway. This reassessment has fostered new research questions and the use of diverse sources to retell stories, recover memories, and adequately understand the identities of indigenous peoples, both in the present and the past. In this context, the study of the Karajá land demarcation, through its administrative process produced within the scope of FUNAI, can shed light on the complex relationships between the State, indigenous communities, and non-indigenous communities during the Brazilian Military Dictatorship, highlighting strategies, mechanisms of resistance, adaptation, and political action. For this analysis, we used the documentation available in the digital collection "Armazém Memória – Um Resgate Coletivo da História," a rich and comprehensive source comprising 624 pages that span approximately three decades.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História, 2024.
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