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Título: Recursos genéticos marinhos no Acordo BBNJ : uma análise do conflito entre o patrimônio comum da humanidade e a liberdade de alto-mar
Autor(es): Oliveira, André Luís de Sá
Orientador(es): Oliveira, Carina Costa de
Assunto: Recursos marinhos
Liberdade de Alto-mar
Data de apresentação: 5-Set-2024
Data de publicação: 24-Out-2024
Referência: OLIVEIRA, André Luís de Sá. Recursos genéticos marinhos no Acordo BBNJ: uma análise do conflito entre o patrimônio comum da humanidade e a liberdade de alto-mar. 2024. 77 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024.
Resumo: A proteção da biodiversidade marinha em áreas além da jurisdição nacional, historicamente explorada por países desenvolvidos e agora ameaçada pelas mudanças climáticas, impõe a necessidade de uma gestão internacional equitativa e sustentável dos oceanos. O Acordo sob a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar para a Conservação e Uso Sustentável da Diversidade Biológica Marinha de Áreas Além da Jurisdição Nacional (Acordo BBNJ) surge como resposta a esses desafios, buscando conciliar a conservação e o uso sustentável dos recursos marinhos. No entanto, a previsão conjunta dos princípios da liberdade de alto-mar e do patrimônio comum da humanidade no Acordo BBNJ suscita questionamentos sobre sua interpretação e, principalmente, se o Acordo alterou a natureza jurídica dos recursos genéticos marinhos. Esta monografia se propõe a analisar as disposições do Acordo BBNJ sobre recursos genéticos marinhos à luz desses dois princípios, buscando compreender como o Acordo será interpretado diante do histórico conflito entre eles no direito do mar. Para tanto, busca-se verificar se os elementos essenciais do patrimônio comum da humanidade estão previstos no Acordo, considerando os tratados anteriores que formam o conteúdo do princípio, e se as obrigações do Acordo fornecem meios para sua operacionalização na gestão equitativa e sustentável dos oceanos. A análise de tratados e casos de tribunais internacionais contribui para uma interpretação harmônica entre a liberdade de alto mar e o patrimônio comum. A pesquisa conclui que o Acordo BBNJ amplia o princípio do patrimônio comum da humanidade, abrangendo o alto-mar e os recursos genéticos marinhos em áreas além da jurisdição nacional, e codifica obrigações para sua operacionalização em prol da gestão sustentável e equitativa dos oceanos. Constata-se também uma crescente complementariedade entre os princípios, fundada na equidade intergeracional e na ampliação da liberdade para os países em desenvolvimento, além de uma tendência de limitação do exercício da liberdade de alto-mar no direito internacional.
Abstract: The protection of marine biodiversity in areas beyond national jurisdiction, historically exploited by developed countries and now threatened by climate change, demands equitable and sustainable international ocean governance. The Agreement under the United Nations Convention on the Law of the Sea on the Conservation and Sustainable Use of Marine Biological Diversity of Areas beyond National Jurisdiction (BBNJ Agreement) emerges as a response to these challenges, seeking to reconcile the conservation and sustainable use of marine resources. However, the joint provision of the principles of freedom of the high seas and the common heritage of humankind in the BBNJ Agreement raises questions about its interpretation and, particularly, whether the Agreement has altered the legal nature of marine genetic resources. This monograph aims to analyze the provisions of the BBNJ Agreement on marine genetic resources in light of these two principles, seeking to understand how the Agreement will be interpreted in view of the historical conflict between them in the law of the sea. To this end, it seeks to verify whether the essential elements of the common heritage of humankind are provided for in the Agreement, considering the previous treaties that form the content of the principle, and whether the obligations of the Agreement provide means for its operationalization in the equitable and sustainable management of the oceans. The analysis of treaties and cases of international tribunals contributes to a harmonious interpretation between the freedom of the high seas and the common heritage. The research concludes that the BBNJ Agreement expands the principle of the common heritage of humankind, encompassing the high seas and marine genetic resources in areas beyond national jurisdiction, and codifies obligations for its operationalization in favor of the sustainable and equitable management of the oceans. It also notes a growing complementarity between the principles, based on intergenerational equity and the expansion of freedom for developing countries, in addition to a trend towards limiting the exercise of freedom of the high seas in international law.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, 2024.
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