Título: | Regulação do trabalho digital no Brasil : desafios jurídicos e legislativos na regulação dos trabalhadores de plataforma |
Autor(es): | Rodrigues, André Luiz Bonfim |
Orientador(es): | Escrivão Filho, Antônio Sérgio |
Assunto: | Trabalho Regulamentação profissional Plataformas digitais Tribunal Superior do Trabalho (TST) Brasil. PLC 12/2024 |
Data de apresentação: | 28-Ago-2024 |
Data de publicação: | 20-Set-2024 |
Referência: | RODRIGUES, André Luiz Bonfim. Regulação do trabalho digital no Brasil: desafios jurídicos e legislativos na regulação dos trabalhadores de plataforma. 2024. 73 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. |
Resumo: | Este trabalho explora a regulação do trabalho por plataformas digitais no Brasil, com foco nas
divergências jurídicas dentro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e nas propostas
legislativas em curso. A pesquisa discute como a "uberização" do trabalho está mudando as
relações laborais, criando novos desafios para a proteção dos direitos dos trabalhadores. No
contexto dessas mudanças, o estudo analisa como o Projeto de Lei Complementar (PLC) nº
12/2024 tenta enfrentar esses desafios, buscando uma regulamentação que equilibre a
flexibilidade do trabalho digital com a necessidade de garantir direitos básicos. No Tribunal
Superior do Trabalho, há uma clara divisão sobre o reconhecimento do vínculo empregatício
entre trabalhadores de aplicativos e as plataformas digitais. Enquanto uma turma do TST
enfatiza a autonomia dos trabalhadores, outra reconhece a subordinação imposta pelos
algoritmos das plataformas como uma nova forma de controle. Essa divergência reflete a
complexidade de regulamentar um modelo de trabalho que não se adequa nas definições
tradicionais. A análise do PLC nº 12/2024 revela que, embora haja um esforço legislativo
para proteger os trabalhadores de plataformas, o processo de regulamentação enfrenta
obstáculos significativos, principalmente devido à influência das grandes empresas de
tecnologia. O projeto tenta introduzir mecanismos de proteção social e direitos trabalhistas,
mas a sua implementação e aceitação ainda são incertas. O estudo mostrou a profundidade e
complexidade das novas formas de subordinação e controle impostas pelas plataformas
digitais. Essas tecnologias, embora ofereçam flexibilidade, criam um ambiente onde os
trabalhadores muitas vezes estão à mercê de algoritmos que ditam suas condições de trabalho.
Isso gera uma precarização invisível, que se caracteriza por ser a deterioração sutil das
condições de trabalho, afetando aspectos psicológicos, emocionais e sociais sem ser
claramente percebida, difícil de ser capturada e regulamentada pelas leis trabalhistas
tradicionais. A pesquisa evidenciou que, para proteger esses trabalhadores de maneira eficaz,
será necessário um entendimento mais profundo dessas novas dinâmicas e uma adaptação
contínua das legislações e políticas públicas. O trabalho conclui que, apesar dos avanços na
regulação do trabalho digital, o caminho ainda é longo e cheio de desafios, devido a evolução
tecnológica e o poder das empresas. No entanto, a pesquisa foi gratificante, proporcionando
uma visão mais profunda sobre um tema de grande relevância social, embora seja evidente
que a regulação precisa de ajustes para acompanhar as mudanças no mundo digital. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, 2024. |
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