Investigação da degradação em sistemas de revestimento de fachada em edifícios residenciais

Abstract

O sistema de revestimento de fachada é exposto a diversos tipos de solicitações, o que torna uma área sensível aos efeitos de degradação. Assim, ao longo da vida útil podem surgir diversos tipos de danos, afetando a durabilidade e o desempenho desse sistema e reduzindo a vida útil. O entendimento do comportamento desse sistema é fundamental, uma vez que além de função estética, este exerce também a função de proteção da edificação. Nesse fundamento, esta pesquisa visa analisar o efeito dos danos na degradação do sistema de fachadas. Para as análises foi utilizado o Método de Mensuração de Degradação (MMD) para o mapeamento e quantificação dos danos em amostras de 6 edifícios com revestimento cerâmico e em argamassa e posteriormente foi aplicado a curvas de probabilidade de danos para a determinação da ocorrência e intensidade de diferentes tipos de danos nas diferentes zonas da fachada (Paredes Contínuas, Aberturas, Sacadas, Cantos e Extremidades, Transição entre Pavimentos e Topo) e nas diferentes orientações cardeais de cada fachada (Norte, Sul, Leste e Oeste). A amostragem é composta por edifícios situados em Brasília, Brasil com doze anos de idade. Os resultados demostraram que o revestimento em argamassa degrada mais que o revestimento cerâmico. Os danos que mais degradam os dois tipos de revestimento são Bolor e Mancha de Sujidade. A degradação foi maior em fachadas orientadas para o Leste em ambos os tipos de revestimentos. As zonas que apresentaram maior degradação foram Paredes Contínuas e Transição entre Pavimentos no revestimento cerâmico e Sacadas no revestimento em argamassa. Essa pesquisa contribui para melhor entendimento da degradação de fachadas, sendo composta por informações que podem subsidiar pesquisas futuras e, auxiliar na definição de estratégias de prevenção, manutenção e reabilitação das fachadas.