O inglês deve estar no currículo dos anos iniciais? : um estudo sobre a percepção de professores de inglês para crianças em relação à inserção do componente curricular

Abstract

No currículo da educação básica brasileira, o Ensino do Inglês (EI) é compulsório apenas a partir dos Anos Finais do Ensino Fundamental (EF), ou seja, do 6º ano. A disciplina é optativa na matriz curricular dos Anos Inicias, sem significativa regulamentação e/ou documentos norteadores. Mesmo a oferta não sendo compulsória, é notória uma expansão da procura e da oferta do EI para/com Crianças (EIC), ao passo que a sociedade contemporânea se encontra cada vez mais globalizada e a língua inglesa atua como lingua franca (RAJAGOPALAN, 2009). O presente trabalho objetivou discutir a pertinência do Ensino de Inglês para/com Crianças do EF - Anos Iniciais no Brasil. Por meio da pesquisa qualitativa e interpretativista (MOITA LOPES, 1994), busco compreender como um grupo de professores de EIC no Distrito Federal entendem a relevância do ensino e da aprendizagem de inglês em seu segmento. As respostas obtidas trouxeram à tona discursos que alegam que (i) aprender a língua estrangeira é importante devido às demandas do mercado de trabalho e por ser lingua franca, (ii) a língua inglesa possibilita o contato intercultural, (iii) quanto mais cedo se aprende uma língua melhor e (iv) a criança tem mais facilidade para aprender uma segunda língua se comparada a adultos. Posto isso, faz-se necessário a reflexão mais profunda sobre a importância da inserção obrigatória da língua inglesa nos anos iniciais do Ensino Fundamental, a fim de fazer valer o que é posto pela BNCC, que apregoa, em seu texto, a diversidade, equidade e igualdade. Portanto, a introdução de LE, mais precisamente da língua inglesa, se coloca como relevante.