Título: | Responsabilidade civil de plataformas de streaming por conteúdos que retratam o suicídio |
Autor(es): | Brayner, Elis Bandeira Alencar |
Orientador(es): | Moraes, Daniela Marques de |
Assunto: | Plataforma de streaming Responsabilidade civil Suicídio Adolescência |
Data de apresentação: | 20-Set-2022 |
Data de publicação: | 19-Jan-2023 |
Referência: | BRAYNER, Elis Bandeira Alencar. Responsabilidade civil de plataformas de streaming por conteúdos que retratam o suicídio. 2022. 77 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022. |
Resumo: | Em 2017, a Netflix lançou a série "Os 13 porquês", que apresenta o suicídio da adolescente
Hannah Baker. A produção teve grande repercussão e gerou um forte debate, em especial se
poderia promover o suicídio no público jovem. Na Califórnia, John Herndon ajuizou uma
Ação Civil Pública visando responsabilizar a Netflix pelo suicídio de sua filha. A partir
desse contexto, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema da saúde mental, do
suicídio e de sua retratação irresponsável e seus impactos negativos. Adiante, partindo da
relação de consumo existente entre os assinantes e a plataforma de streaming, foi realizada
uma análise das normas aplicáveis à proteção do consumidor a fim de investigar a
responsabilidade das plataformas de streaming em reparar os danos causados pelas obras
audiovisuais em razão da retratação de suicídio e automutilação realizada de forma
negligente. Observou-se que obras como “Os 13 porquês” beneficiam as plataformas
financeiramente, pela incitação da violência, pelo medo, pela deficiência de julgamento e de
experiência de parte do público, induzindo-o de maneira prejudicial à sua saúde e à sua
integridade física, sendo caracterizada a publicidade abusiva, incorrendo no dever de
responsabilização de todos os fornecedores, incluindo a plataforma de streaming. |
Abstract: | In 2017, Netflix released the series " 13 Reasons Why" which depicts the suicide of teenager
Hannah Baker, within this framework, organizations that work in the mental health field
began to question whether the series could promote suicide in young audiences. A public
class action was filed against Netflix, in California by John Herndon after the suicide of his
daughter, Bella Herndon. Such claims are a novelty both in Brazil and worldwide, with a
predominance of research on the portrayal of suicide carried out by psychologists and other
health professionals. Through a bibliographical review and establishing a parallel with
Consumer Law, one notices that in this consumer relation there is a vendor, the VoD
platform, a consumer, the subscriber, and the rendering of a service, which consists in
placing audiovisual products, such as films, series, documentaries, among others, on the
consumer market, with the supplier's profit based on the price paid by the subscribers to
have access to them. Therefore, by noticing the damage caused by audiovisual media works,
due to the portrayal of suicide and self-mutilation performed negligently, inciting violence
and benefiting the platforms financially, by fear, deficiency of judgment and experience of
part of the audience, inducing them in a harmful way to their health and physical integrity, it
constitutes abusive advertising, and all suppliers, including the streaming platform, should
be held liable. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, 2022. |
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