Resumo: | O Brasil tem índices elevados de desperdício alimentício, fato que afeta a
economia e acentua problemas sociais. O planejamento inadequado do processamento
de alimentos, da pós-colheita ao consumo, é um dos canais do desperdício. As
hortaliças, por passarem por diversas práticas higienizadoras e por serem submetidas
operações culinárias de subdivisão e cocção, têm sua durabilidade relacionada a uma
série de fatores fisiológicos, mecânicos e ambientais. A deterioração das hortaliças é
um processo irreversível e inevitável, sendo um dos grupos de alimentos mais
desperdiçado. Para buscar minimizar perdas, a determinação do Fator de Correção de
hortaliças, cuja fórmula é estabelecida pela relação do peso bruto (alimento como é
adquirido) e com o peso líquido (alimento depois de limpo e processado) é essencial,
pois, por meio dele, pode-se avaliar mais precisamente o grau de desperdício e quais
fatores intervêm em perdas. Este trabalho consiste da determinação de Fator de
Correção das seguintes hortaliças folhosas: Alface Americana, Alface Crespa, Alface
Lisa, Alface Roxa, Acelga, Almeirão, Agrião, Chicória, Couve manteiga, Escarola,
Espinafre, Mostarda, Repolho Branco, Repolho Roxo e Rúcula.
Com o objetivo de detectar se existe influência dos meses de coleta sobre os
fatores de correção parcial (FC 1) e final (FC 2) utilizou-se as seguintes ferramentas
estatísticas: Análise de Variância (ANOVA) - quando os fatores de correção ou seu
logaritmo apresentaram normalidade e (i) Kruskal-Wallis - quando os fatores de
correção ou seu logaritmo não apresentaram normalidade. Uma vez encontrada
diferenças significativas entre os meses de coleta aplicou-se o teste de Tuckey afim de
detectar os meses que diferem entre si. Em todos os testes considerou-se um nível de
5% de significância estatística. |