Título: | O que fazer na grama : restrições do brincar no Distrito Federal (1960-1980) |
Autor(es): | Soares, Lorena Oliveira |
Orientador(es): | Barbosa, Etienne Baldez Louzada |
Assunto: | Lazer Crianças Distrito Federal (DF) - espaço urbano |
Data de apresentação: | 2021 |
Data de publicação: | 29-Mar-2022 |
Referência: | SOARES, Lorena Oliveira. O que fazer na grama: restrições do brincar no Distrito Federal (1960-1980). 2021. 67., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Pedagogia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021. |
Resumo: | Este trabalho tem como objetivo principal identificar os espaços do brincar
utilizados pelas crianças em Brasília, que comparecem nas páginas do jornal
Correio Braziliense, nas décadas de 1960 a 1980. Ao percorrer as notícias em
busca do brincar, percebe-se que a palavra era utilizada na relação com outras
ações que não interligadas à infância ou às crianças, muitas vezes em sentido
pejorativo. Os políticos brincavam com a população, os jogadores de
determinado time de futebol brincaram em campo, enfim, quando se tratava do
brincar das crianças na cidade, as manifestações não eram só de alegria, uma
vez que tal ação poderia acarretar em tragédias, dependendo do local em que a
criança brincasse. Por ser uma cidade planejada, Brasília surge com espaços
pensados para a ocupação infantil, como os parques, praças, playgrounds.
Contudo, existe uma exclusão do brincar na cidade. A criança que não mora no
Plano Piloto tem os mesmos acessos? Mesmo as crianças do Plano Piloto,
quando são mencionadas nesses espaços, como são representadas? Existem
objetos/brinquedos que caracterizam e reforçam uma característica brincante
dos pequenos na cidade? São questões como essas que nortearam as buscas
realizadas e a construção da presente narrativa histórica. O diálogo com estudos
que têm se voltado para a relação das crianças com as cidades, ainda que
utilizando um recorte cronológico recente, permitiram aqui compreender as
conexões possíveis a partir das pistas da participação infantil deixadas no jornal.
Uma dessas pistas nos apresenta uma Assembleia Infantil organizada por
crianças da Superquadra 108 Sul, que pedia playgrounds, praças e quadras para
brincarem. Tal ação, ainda que pontualmente registrada, indica que não somente
os adultos estavam cientes dos espaços necessários para o convívio urbano,
mas que as crianças já se articulavam diante de suas demandas. E que, entre
as suas demandas, a que se destacou foi o espaço para o brincar. |
Abstract: | The main objective of this work is to identify the spaces for playing used by
children in Brasília, which appear on the pages of the Correio Braziliense
newspaper, from the 1960s to the 1980s. In relation to other actions that are not
linked to childhood or children, often in a pejorative sense. Politicians played with
the population, players of a certain football team played on the field, in short,
when it came to children’s games in the city, the demonstrations were not just for
joy, since such action could lead to tragedies, depending on the place where the
child played. As a planned city, Brasília comes up with spaces designed for
children’s occupation, such as park, squares, playgrounds. However, there is an
exclusion of playing the city. Does the child who does not live in the Plano Piloto
have the same accesses? Even the children of the Plano Piloto, when they are
mentioned in theses spaces, how are they represented? Are there objects/toys
that characterize and reinforce a play characteristic of the little ones in the city?
These are questions that guided the searchers carried out and the construction
of this historical narrative. Dialogue with studies that have focused on the
relationships between children and cities, although using a recent chronological
approach, allowed us to understand the possible connections here based on the
clues of child participation left in the newspaper. One of these clues presents us
with a Children’s Assembly organized by children from Superquadra 108 Sul,
which asked for playgrounds, squares and courts to play. Such action, even
though punctually registered, indicates that not only adults were aware of the
spaces needed for urban living, but that children were already articulated in face
of their demands. And that, among its demands, the one that stood out was the
space for playing. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, 2021. |
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