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Título: A relutância do judiciário brasileiro em dar efetividade à sentença da Corte IDH no Caso Julia Gomes Lund vs Brasil : uma discussão acerca dos fundamentos jurídicos empregados para negar seguimento às ações penais relativas aos crimes contra a humanidade cometidos no contexto da Guerrilha do Araguaia
Autor(es): Carvalho, Pedro Henrique Marinho
Orientador(es): Oliveira, Vallisney de Souza
Assunto: Direitos humanos
Crime político
Data de apresentação: 2018
Data de publicação: 16-Mai-2019
Referência: CARVALHO, Pedro Henrique Marinho. A relutância do judiciário brasileiro em dar efetividade à sentença da Corte IDH no Caso Julia Gomes Lund vs Brasil: uma discussão acerca dos fundamentos jurídicos empregados para negar seguimento às ações penais relativas aos crimes contra a humanidade cometidos no contexto da Guerrilha do Araguaia. 2018. 110 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Resumo: O presente trabalho analisa inicialmente o contexto de surgimento dos primeiros organismos internacionais voltados à proteção dos direitos humanos do indivíduo e dos Tribunais Penais responsáveis por dar efetividade a seus estatutos. Posteriormente, é feito um exame do trâmite processual do caso Julia Gomes Lund vs Brasil na Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH), analisado a ausência de efeitos práticos de suas disposições no ordenamento jurídico brasileiro. Nos termos da Sentença, o País foi condenado a dar seguimento às ações penais relacionadas a crimes contra a humanidade cometidos no contexto de repressão à Guerrilha do Araguaia (movimento de resistência à última ditadura militar brasileira), eximindo-se de aplicar institutos como anistia ou prescrição, disposição que foi flagrantemente ignorada nos julgados concretos. De modo empírico, objetiva-se expor os números da recalcitrância do poder judiciário pátrio em cumprir suas obrigações internacionais assumidas no legítimo exercício da soberania e da autonomia da vontade. Em seguida, o texto visa escrutinar os argumentos empregados pelos magistrados, a fim de negar eficácia as deliberações da Corte IDH em três casos concretos submetidos à Justiça Federal brasileira. As justificativas utilizadas perpassam por princípios e normas do direito penal interno, que conflitam frontalmente com as normas imperativas do direito internacional, as quais constituem o chamado Jus Cogens. Como alternativa a essa conjuntura, são apresentados fundamentos jurídicos – apoiados em farta produção doutrinária e jurisprudencial - favoráveis ao regular processamento das ações penais, os quais se espera contribuam para uma virada hermenêutica na jurisprudência nacional, em benefício da máxima concretização dos direitos humanos no continente.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, 2018.
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