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https://bdm.unb.br/handle/10483/22023
Título: | A relutância do judiciário brasileiro em dar efetividade à sentença da Corte IDH no Caso Julia Gomes Lund vs Brasil : uma discussão acerca dos fundamentos jurídicos empregados para negar seguimento às ações penais relativas aos crimes contra a humanidade cometidos no contexto da Guerrilha do Araguaia |
Autor(es): | Carvalho, Pedro Henrique Marinho |
Orientador(es): | Oliveira, Vallisney de Souza |
Assunto: | Direitos humanos Crime político |
Data de apresentação: | 2018 |
Data de publicação: | 16-Mai-2019 |
Referência: | CARVALHO, Pedro Henrique Marinho. A relutância do judiciário brasileiro em dar efetividade à sentença da Corte IDH no Caso Julia Gomes Lund vs Brasil: uma discussão acerca dos fundamentos jurídicos empregados para negar seguimento às ações penais relativas aos crimes contra a humanidade cometidos no contexto da Guerrilha do Araguaia. 2018. 110 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018. |
Resumo: | O presente trabalho analisa inicialmente o contexto de surgimento dos primeiros organismos internacionais voltados à proteção dos direitos humanos do indivíduo e dos Tribunais Penais responsáveis por dar efetividade a seus estatutos. Posteriormente, é feito um exame do trâmite processual do caso Julia Gomes Lund vs Brasil na Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH), analisado a ausência de efeitos práticos de suas disposições no ordenamento jurídico brasileiro. Nos termos da Sentença, o País foi condenado a dar seguimento às ações penais relacionadas a crimes contra a humanidade cometidos no contexto de repressão à Guerrilha do Araguaia (movimento de resistência à última ditadura militar brasileira), eximindo-se de aplicar institutos como anistia ou prescrição, disposição que foi flagrantemente ignorada nos julgados concretos. De modo empírico, objetiva-se expor os números da recalcitrância do poder judiciário pátrio em cumprir suas obrigações internacionais assumidas no legítimo exercício da soberania e da autonomia da vontade. Em seguida, o texto visa escrutinar os argumentos empregados pelos magistrados, a fim de negar eficácia as deliberações da Corte IDH em três casos concretos submetidos à Justiça Federal brasileira. As justificativas utilizadas perpassam por princípios e normas do direito penal interno, que conflitam frontalmente com as normas imperativas do direito internacional, as quais constituem o chamado Jus Cogens. Como alternativa a essa conjuntura, são apresentados fundamentos jurídicos – apoiados em farta produção doutrinária e jurisprudencial - favoráveis ao regular processamento das ações penais, os quais se espera contribuam para uma virada hermenêutica na jurisprudência nacional, em benefício da máxima concretização dos direitos humanos no continente. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, 2018. |
Aparece na Coleção: | Direito
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