Resumo: | Este ensaio visa refletir acerca do potencial transformador da escola, a partir de concepções e práticas de uma educação infantil que privilegia a constituição da identidade da criança, seu desenvolvimento integral, sua expressão subjetiva e o brincar como linguagem primordial da infância. As reflexões partem da experiência da educadora em uma associação de educação infantil. O trabalho se organiza em três temas: o primeiro é o papel transformador da escola e a importância que esta possui na mudança paradigmática que estamos vivendo, a qual está voltada para a integralidade e complexidade do ser humano. Dialogamos com autores como Pulino, Vigotski, Paulo Freire, Rodrigues, Naranjo, entre outros. O segundo aborda a complexa dinâmica que envolve o educar e a importância do trabalho com a identidade, a subjetividade e a singularidade nos processos educativos. Para isso, recorremos a pensadores como Tacca e González Rey, Corrêa, Madalena Freire, entre outros. Em terceiro lugar, falamos da importância do brincar, na escola e na vida, como exercício de sensibilidade; da brincadeira livre, espontânea e cooperativa, além da importância do contato da criança com a natureza. Utilizamos, para o diálogo com esse tema, Pereira, Pulino e Brotto. Trazemos a convicção de que essa educação integral, que respeita o ser criança que brinca para se desenvolver, não só é possível, como já acontece, uma vez que este trabalho é resultante dela. Concluímos, reafirmando a necessidade de uma educação que se pre-ocupe com o desenvolvimento integral, contribuindo para uma mudança paradigmática e para a transformação do modelo de sociedade atual. |