Utilize este link para identificar ou citar este item: https://bdm.unb.br/handle/10483/1828
Arquivos neste item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2011_TalithaSelvatiNobreMendonca.pdf260,96 kBAdobe PDFver/abrir
Título: (Des)igualdade de gênero e os discursos jurídicos na perspectiva concreta da violência doméstica
Autor(es): Mendonça, Talitha Selvati Nobre
Orientador(es): Porto, Noemia Aparecida Garcia
Coorientador(es): Costa, Alexandre Araújo
Assunto: Relações de gênero
Violência doméstica
Gênero - desigualdade
Direitos das mulheres
Data de apresentação: 25-Jul-2011
Data de publicação: 17-Ago-2011
Referência: MENDONÇA, Talitha Selvati Nobre. (Des)igualdade de gênero e os discursos jurídicos na perspectiva concreta da violência doméstica. 2011. 76 f. Monografia (Bacharelado em Direito)—Universidade de Brasília, Brasília, 2011.
Resumo: Diante do desafio de admitir que vivemos em uma sociedade patriarcal e machista e de assumir a necessidade de uma proteção diferenciada da mulher quanto à violência doméstica, foi aprovada a Lei Maria da Penha, tendo como base fundamental o reconhecimento da mulher como sujeito de direitos. Mas como o judiciário lida com a garantia de direitos às mulheres nas demandas de violência doméstica? A presente investigação buscou averiguar incoerências desse próprio sistema que ainda coloca a mulher em um lugar comum de proteção e não de garantia de igualdade. O discurso jurídico é uma das formas que evidenciam um judiciário ainda permeado de preconceitos, os quais dificultam uma compreensão sensível dos casos de modo a romper com paradigmas seculares de discriminação e submissão da mulher. Tal observação foi feita com base no conteúdo dos discursos do acórdão do Habeas Corpus 106.212/MS. Independentemente da concordância com seu resultado, nas falas em torno da questão da garantia de direitos às mulheres percebeu-se o reforço de estereótipos acerca do lugar e da função da mulher na sociedade. Evidenciou-se uma dominação simbólica por meio do tratamento da mulher ainda em um patamar de inferioridade. O Judiciário tem adotado discursos que refletem a persistência de uma cultura machista e patriarcal, que insiste em tratar a mulher como um objeto de proteção e não como sujeito de direitos. Assim, a defesa de valores tradicionais em detrimento da concreção de direitos e construção de autonomia e igualdade é incompatível com os valores e princípios de um Estado Democrático de Direito.
Informações adicionais: Monografia (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, 2011.
DOI: http://dx.doi.org/10.26512/2011.07.TCC.1828
Aparece na Coleção:Direito



Este item está licenciado na Licença Creative Commons Creative Commons