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Título: A eticidade do heterocídio
Autor(es): Almeida, David Wilkerson Silva
Orientador(es): Nascimento, Wanderson Flor do
Assunto: Ética
Valores sociais
Homicídio
Data de apresentação: 7-Jul-2014
Data de publicação: 6-Ago-2014
Referência: ALMEIDA, David Wilkerson Silva. A eticidade do heterocídio. 2014. 37 f. Monografia (Bacharelado em Filosofia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.
Resumo: O percurso teórico inicia-se com a crítica do universalismo ético enquanto generalização indevida de princípios locais usados em cada teoria ética impropriamente como universais. Opera-se o desenvolvimento de uma ontologia crítica em que o valor do ser é problematizado e assumido como negativo. Daí se deriva uma antropologia negativa que vê no ser humano a incapacidade estrutural para a prática da ação ética plena de primeira ordem. Reconfigura-se, então, a paisagem do pensamento sobre as várias eticidades situando-as todas enquanto éticas de primeira ordem por derivarem de princípios. A ontologia e antropologia de fundo oferecem um campo para a reflexão das eticidades em que sua descrição precisa ser reelaborada. Isto é, até aqui não se introduz nenhuma normatividade, apenas a descrição do quadro ético resultante destes pressupostos. Então, derivam-se consequências não visualizadas por estas éticas, mas presentes nelas e em suas interrelações. Em consonância com a inabilitação moral e a conseqüente corrosão da prática ético-primária procede-se à redução do escopo de aplicação da alteridade. Ela passa a ser uma característica relacional, apenas atribuída pelo eu a quem apresente contiguidade suficiente no compartilhar de seus valores-base. Dentro desse quadro, a ação ético-primária só é possível dentro da comunidade de semelhança do eu que age. Nesse momento define-se ação expansiva e seu caráter amoral. As pretensões de princípios universais caem no vazio, e a relação intercomunitária se revela alheia à ponderação ético-primária. Só então se introduz a normatividade que prescreve um modo de relação entre as comunidades: a ética intercomunal. Esta é a única ética de segunda ordem por elaborar sua uninormatividade (possui uma única norma) de uma propriedade derivada dos princípios intracomunitários e não deles mesmos, além de se utilizar do conflito intercomunitário para chegar à norma: a obrigatoriedade da realização da equivalência entre ação expansiva e reação heterocídica, ou seja, o heterocídio como dever moral de segunda ordem. No entanto, a ética intercomunal só pode ser assumida enquanto complemento de uma ética de primeira ordem, sozinha ela não possui todos instrumentos para se instaurar.
Informações adicionais: Monografia (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Filosofia, 2014.
Aparece na Coleção:Filosofia - Graduação



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