Resumo: | O presente estudo é o resultado da realização da oficina “Iniciação à Modelagem em Argila através de Elementos Híbridos de Francisco Brennand” ministrada pela autora como pré-requisito avaliativo da disciplina Estágio Supervisionado em Artes Plásticas 3, ofertada pelo Instituto de Artes da Universidade de Brasília à comunidade, com o objetivo de observar e analisar através da metodologia expositiva dialógica os desafios da criação híbrida3 e coletiva em modelagem em argila. Para tal fim, foi pesquisado o hibridismo presente na obra do artista pernambucano Francisco Brennand, adotando sua criação como fio condutor das práticas pedagógicas adotadas em sala de aula, cujo principal objetivo era o de levar aos participantes a experiência da criação coletiva, da convivência em grupo e, consequentemente, do desapego ao trabalho autoral. Para tanto, o material escolhido para dar vazão à proposta pedagógica foi a argila, devido a facilidade de acesso ao material e as possibilidades artísticas geradas a partir do uso escultórico da argila e de seu alto grau de plasticidade. O método utilizado foi o de observação dos participantes durante a realização das oficinas. A dúvida que deu origem a esse estudo foi: É possível se introjetar numa prática que é iminentemente pessoal e muitas vezes solitária, como a escultórica, o ato de criação coletiva, partindo da poética de um dos maiores escultores brasileiros: Francisco Brennand? A conclusão a que se chega com esse trabalho é que, em resposta a questão problema o objetivo foi alcançado parcialmente, visto que a Oficina obteve sucesso no que diz respeito a promover a socialização e a interação dos participantes, assim como a introdução das principais técnicas em modelagem em argila. No entanto, quanto ao quesito da criação de uma obra coletiva em lugar do trabalho autoral, isso não foi possível em virtude a alguns fatores que serão relatados em seguida. No que diz respeito a compreensão do conceito de hibridismo cultural presente na obra de Francisco Brennand o que se observa é que os participantes compreenderam esse conceito e o aplicaram na confecção de suas peças, alguns chegando a uma tentativa de cópia de uma das obras de Brennand. Por fim, conclui-se que a oficina de modelagem em argila serviu como um excelente laboratório para se compreender a dinâmica de uma prática pedagógica que envolve o processo de ensinar, mas também de aprender, fato que todo educador deve estar atento e aberto a entender. |