Utilize este link para identificar ou citar este item: https://bdm.unb.br/handle/10483/6833
Arquivos neste item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2013_FatimaMariaMartinsBarrosoMontenegro.pdf564,65 kBAdobe PDFver/abrir
Título: Entre a ronda e a cana : os discursos sobre a criminalidade do jovem negro no final do século XIX
Autor(es): Montenegro, Fátima Maria Martins Barroso
Orientador(es): Duarte, Evandro Charles Piza
Assunto: Escravidão
Racismo
Leis abolicionistas
Negros
Data de apresentação: 19-Dez-2013
Data de publicação: 20-Jan-2014
Referência: MONTENEGRO, Fátima Maria Martins Barroso. Entre a ronda e a cana: os discursos sobre a criminalidade do jovem negro no final do século XIX. 2013. 106 f. Monografia (Bacharelado em Direito)—Universidade de Brasília, Brasília, 2013.
Resumo: Tanto os discursos favoráveis quanto os contrários à promulgação da Lei do Ventre Livre, assim como os discursos sobre a implementação de outras medidas de emancipação gradual da escravidão negra, baseavam-se na mesma imagem, a do escravo como elemento de periculosidade para seu senhor e para a sociedade. Tal fato, constatado pelo presente trabalho, conduziu à intensificação da segregação racial e à formulação de justificativas para a disposição do corpo do negro como espaço de intervenção da violência. A partir do desenvolvimento do conceito de empatia e autonomia, em Lynn Hunt; da construção do fluxo de informações pluridimensional e da culpa política, de Susan Buck-Morss; e da análise de discurso de pronunciamentos parlamentares do Senado dos anos 1870 e 1871, de processos criminais compreendidos entre 1870 e 1900 e de outras obras desse período, o presente trabalho objetiva demonstrar que o discurso sobre a pretensa criminalidade (iminente e imanente) do menor de idade negro, construído principalmente a partir de três eixos conceituais (o castigo moderado, o discernimento e o abandono moral), foi elemento formador de opinião, poder e sentimento influenciado e constituído pelo medo, o que ressignificou o espaço das ideias de liberdade, igualdade e mesmo de infância, sob a forma de um pretenso humanismo que, na verdade, apenas mascarava novas formas de submissão. ____________________________________________________________________________ ABSTRACT
Both favorable and opposed discourses to the promulgation of the Brazilian Free Womb Law, as well as the discourses about the implementation of other measures aiming the gradual emancipation of black people were based on the same image: the slave as an element of danger to his master and the society. This fact, as verified by the present work, strengthened racial segregation and reinforced justifications for the arrangement of the black body as a space for violent actions. Based on Lynn Hunt’s concept of empathy and autonomy; Susan Buck-Morss' construction of multidimensional flow of information and political guilt; and the analysis of 1870 to 1871 parliamentary discourses, pronounced at the Brazilian Senate, 1870 to 1900 criminal law suits, and other works of this period, this study aims to demonstrate that discourses about underage black boys’ pretense criminalization (imminent and immanent), built mainly from three conceptual axes (moderated punishment, discernment and moral abandon), were crucial to form opinions and strengthen feelings based on fear. This resignified the space of ideas of freedom, equality and even childhood, in the form of an alleged humanism that in truth only hid new ways of submission.
Informações adicionais: Monografia (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, 2013.
Aparece na Coleção:Direito



Este item está licenciado na Licença Creative Commons Creative Commons