Resumo: | A Organização Mundial da Saúde (OMS, 2000) define o autismo como um Transtorno Global do Desenvolvimento, caracterizado por alterações ou anormalidades no desenvolvimento infantil, detectado até o terceiro ano de vida. Apesar da variabilidade de características que compõem o transtorno, é importante salientar que grande parte das crianças que são diagnosticadas com Transtornos do Espectro Autista (TEA) não apresenta deficiências em todas as áreas do desenvolvimento, dependendo do ambiente familiar e social, pode ser que ocorra ou não um maior desenvolvimento de suas habilidades comportamentais. O objetivo deste trabalho foi identificar e descrever as metodologias de ensino para a mediação do conhecimento a crianças autistas em um centro de ensino especial do Distrito Federal, com vistas à inclusão, bem como identificar os desafios e possibilidades envolvidos no processo mediacional. Para tanto, foram realizadas entrevistas com quatro professores e aplicado um questionário para a coordenadora do Centro Especializado de Atendimento (CEA). Os resultados evidenciaram que o centro trabalha com alunos autistas que apresentam grave comprometimento, por isso, as mediações com vistas à inclusão, entendida como o ingresso e permanência do aluno autista na sala regular, parecem não ser o foco principal do trabalho da instituição. O foco, segundo a coordenadora e os professores, centra-se na autonomia do aluno autista, por isso, a escola utiliza o currículo funcional. Quanto às facilidades de se ensinar autistas, os professores destacaram a relação professor-aluno; quanto às dificuldades, destacaram a falta de estrutura da escola. |