Resumo: | Este trabalho pretende, numa perspectiva sociolinguística, analisar o tratamento da variação linguística nos livros didáticos de forma panorâmica e constrativa entre os dois tipos de ensino, fundamental e EJA. O objetivo é verificar e avaliar o uso da variação linguística
pelos livros didáticos, seu o encaixe com a normatização da língua, o cumprimento das leis e diretrizes educacionais e a coerência do tratamento do fenômeno nos livros dos respectivos ensinos em relação ao perfil dos estudantes. A pesquisa parte de um trabalho documental e de campo, ou seja, coleta de dados nos livros didáticos e entrevistas com professores sobre a inserção da variação no ensino, com base nos textos Marcos Bagno (2000, 2003 e 2007), Juliana Bergmann e Jeferson Ferro (2008), Stella Bortoni-Ricardo (2004, 2008 e 2010), Carlos A. Faraco (1991 e 2008), Paulo Freire (1967), João Geraldi (1996), Miriam Lemle (1993), Maria C. Mollica (2007), Beth Marchuschi e Maria das Graças Costa Val (2008), Maria Helena M. Mateus (2005), PCN (1998), LDB (2010) e gramáticas de Evanildo Bechara (2009), Celso Cunha (2008) e Mário Perini (2000 e 2010). A conclusão obtida é a de que os livros didáticos apresentam grande deficiência na apresentação e tratamento da variação linguística juntamente com a normatização e que os professores não estão preparados para fazerem as devidas adequações e suprirem essa necessidade, o que, por conseguinte, prejudica a evolução do ensino-aprendizagem e a relação professor e aluno. |