Resumo: | O mercado fitness no Brasil triplicou nos últimos dez anos, crescendo significativamente, a uma taxa aproximada de 10% ao ano. Com um faturamento anual em torno de R$ 2 bilhões, posiciona-se no primeiro lugar dentre os países latino-americanos e em segundo no âmbito mundial. Não obstante as mudanças no contexto econômico brasileiro, desde 2002, com o desenvolvimento das classes sociais mais baixas e redução das desigualdades sociais, a participação das classes C e D neste mercado ainda não reflete o peso de sua representação do ponto de vista econômico, pois os preços cobrados pelas empresas tradicionais da indústria fitness as marginalizam. Percebendo essa nova realidade e nela enxergando uma oportunidade de negócio, algumas academias de ginástica, como a Smart Fit, adotaram o modelo low cost / low price, com a oferta de serviços enxutos, práticos e pouco complexos, a preços menores e mais acessíveis do que os tradicionalmente praticados pelo mercado. Tal modelo foi o objeto de estudo desta pesquisa, cujo escopo foi enquadrá-lo, ou não, no conceito de inovação, classificando-o quanto às tipologias existentes. Para tanto, foi realizada pesquisa bibliográfica, documental e de campo. Foram aplicados 241 questionários como instrumento de coleta de dados, a fim de identificar a percepção dos usuários da academia Smart Fit no que tange aos fatores que caracterizam uma inovação. Os participantes da pesquisa entenderam que o modelo de negócios adotado pela academia em questão é considerado inovador, percebendo a existência dos atributos que configuram uma inovação. Dentre as classificações consideradas no presente trabalho, prevaleceu aquela quanto à natureza da inovação, definindo o modelo estudado como inovação disruptiva. |