| Título: | Da revolta material à revolta virtual: como o capitalismo converte a indignação em inércia |
| Autor(es): | Moreira, Jean da Costa |
| Orientador(es): | Lacour, Philippe Claude Thierry |
| Assunto: | Capitalismo Indignação social |
| Data de apresentação: | 23-Fev-2024 |
| Data de publicação: | 10-Nov-2025 |
| Referência: | MOREIRA, Jean da Costa. Da revolta material à revolta virtual: como o capitalismo converte a indignação em inércia. 2025. 34 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Filosofia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025. |
| Resumo: | Este estudo investiga a transformação da indignação social, que historicamente se
manifestava por meio de ações concretas contra a opressão material, em uma inércia virtual
caracterizada por manifestações performativas nas plataformas digitais. A pesquisa qualitativa,
de natureza interpretativa, fundamenta-se na análise crítica dos discursos e práticas culturais
presentes no ambiente digital, bem como na literatura teórica sobre o capitalismo tardio. Foram
utilizados procedimentos como revisão bibliográfica de autores renomados, análise de discursos
em redes sociais e estudo de casos emblemáticos de revoltas virtuais. Os resultados indicam
que os mecanismos tecnológicos do capitalismo digital—incluindo redes sociais, algoritmos e
big data—organizam e direcionam os fluxos de informação de maneira a restringir a emergência
de ações coletivas eficazes. Além disso, observa-se a figura do "consumidor-engrenagem", cuja
participação nas plataformas digitais perpetua a alienação e reforça o status quo. Conclui-se
que, para superar essa passividade imposta pelas dinâmicas do capitalismo digital, é essencial
repensar os espaços de resistência no contexto virtual e construir alternativas que promovam a
apropriação coletiva dos meios de produção digitais, transformando a revolta virtual em ação
política concreta e resgatando a dimensão material da luta. |
| Abstract: | This study examines the transformation of social indignation, which historically
manifested through concrete actions against material oppression, into virtual inertia
characterized by performative expressions on digital platforms. The qualitative, interpretative
research is grounded in a critical analysis of discourses and cultural practices within the digital
environment, as well as theoretical literature on late capitalism. Methodologies employed
include a bibliographic review of renowned authors, discourse analysis on social networks, and
case studies of emblematic virtual revolts. Findings indicate that technological mechanisms of
digital capitalism—including social networks, algorithms, and big data—organize and direct
information flows in ways that restrict the emergence of effective collective actions.
Additionally, the concept of the "consumer-cog" is observed, wherein individuals' participation
on digital platforms perpetuates alienation and reinforces the status quo. The study concludes
that overcoming the passivity imposed by the dynamics of digital capitalism necessitates
rethinking spaces of resistance in the virtual context and constructing alternatives that promote
collective appropriation of digital means of production, thereby transforming virtual revolt into
concrete political action and reclaiming the material dimension of struggle. |
| Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Filosofia, 2025. |
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| Aparece na Coleção: | Filosofia - Graduação
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