| Título: | Caos belo : a criatividade na Comme des Garçons |
| Autor(es): | Fidalgo, Donata de Souza |
| Orientador(es): | Dechandt, Siegrid Guillaumon |
| Assunto: | Criatividade sistêmica Cultura organizacional Moda e arte Mercado de luxo |
| Data de apresentação: | 28-Jul-2025 |
| Data de publicação: | 10-Nov-2025 |
| Referência: | FIDALGO, Donata de Souza. Caos belo: a criatividade na Comme des Garçons. 2025. [58 f.], il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Administração) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025. |
| Resumo: | Este trabalho tem como objetivo investigar de que maneira a criatividade
sistêmica se manifesta na gestão da Comme des Garçons e contribui para sua
reputação como uma das marcas mais inovadoras e influentes da moda
contemporânea. Para tanto, realizou-se um estudo de caso qualitativo que combina
análise de conteúdo, revisão bibliográfica e observação indireta de fontes primárias
e secundárias, incluindo entrevistas, reportagens especializadas e materiais
audiovisuais.
A pesquisa parte do pressuposto de que a criatividade não deve ser entendida
como um ato isolado de genialidade individual, mas como o resultado da interação
dinâmica entre três elementos centrais: o indivíduo criativo, o domínio cultural de
conhecimento e o campo de agentes validadores, como críticos, curadores,
imprensa especializada e compradores estratégicos. No caso da Comme des
Garçons, essa tríade se articula em torno da figura de Rei Kawakubo, cuja prática
radical de desconstrução estética e rejeição de convenções transformou a marca em
referência de inovação, e de Adrian Joffe, que atua como mediador entre a liberdade
criativa e a necessidade de manter a empresa financeiramente sustentável.
Além de examinar o funcionamento interno da Comme des Garçons, o estudo
analisa a Dover Street Market como extensão prática dessa filosofia. A loja se
configura como um ecossistema criativo no qual arte, moda e comunidade se
misturam, permitindo que a ideia de “caos belo” — expressão recorrente no discurso
da marca — se torne não apenas uma estética, mas também um método de gestão
e uma estratégia de diferenciação cultural. Os relatos de funcionários e gestores
revelam uma cultura organizacional colaborativa, horizontal e afetiva, que valoriza a
autonomia criativa, o pertencimento simbólico e a construção coletiva de significado.
Os resultados indicam que a criatividade sistêmica não apenas orienta o
processo de desenvolvimento de produtos, mas estrutura toda a operação e
legitimação simbólica da Comme des Garçons. A marca transforma o estranhamento
em proposta de valor e converte a rejeição inicial em elemento de prestígio cultural,
sustentando um ciclo contínuo de inovação e diferenciação no mercado global. Por fim, o trabalho sugere que esse modelo pode servir de referência para organizações
que desejam desenvolver ecossistemas criativos capazes de equilibrar autonomia,
experimentação e relevância econômica de longo prazo. |
| Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas, Departamento de Administração, 2025. |
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| Aparece na Coleção: | Administração
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