| Título: | A política embriagada: imparcialidade e história no Discurso dos Três Bêbados sobre Governo, de Nakae Chōmin (1887) |
| Autor(es): | Andre, Filipe Ribeiro |
| Orientador(es): | Silva, Pedro Eduardo |
| Assunto: | Chōmin, Nakae, 1847-1901 Japão - história Iluminismo |
| Data de apresentação: | 21-Fev-2025 |
| Data de publicação: | 28-Out-2025 |
| Referência: | ANDRE, Filipe Ribeiro. A política embriagada: imparcialidade e história no Discurso dos Três Bêbados sobre Governo, de Nakae Chōmin (1887). 2025. 26 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em História) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025. |
| Resumo: | A Era Meiji (1868–1912) marcou a transição do Japão de um regime feudal isolacionista para
uma potência moderna, sob pressão de potências ocidentais e conflitos internos. Nesse contexto,
Nakae Chōmin (1847–1901), intelectual conhecido como o “Rousseau do Oriente”, sobressaiu se como crítico do governo e defensor de ideais considerados liberais, em uma tentativa
inovadora de mesclar influências de origem ocidental com a filosofia oriental neo confucionista. Sua obra O Discurso dos Três Bêbados sobre Governo (1887) debate, por meio
de um diálogo entre três personagens, parte dos dilemas do Japão oitocentista. No trabalho, o
Cavalheiro da Educação Ocidental apoia a democracia radical e o pacifismo, já o Campeão do
Oriente advoga pelo expansionismo militar e o imperialismo japonês e, por fim, o Mestre
Nankai atua como mediador cético e se autodeclara abertamente imparcial, propondo reformas
graduais baseadas no constitucionalismo. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho será
problematizar essa noção de aparente imparcialidade de Mestre Nankai entendendo-a como
uma estratégia retórica para contrapor extremismos. A nossa tese é a de que Nakae, por meio
de Nankai, utiliza O Discurso dos Três Bêbados sobre Governo como principal ferramenta
opinativa sobre a discussão política da época, criticando perspectivas opostas e enfatizando a
necessidade de se adaptar as ideias ocidentais ao contexto local, rejeitando soluções que ele
entedia como excessivamente simplistas. Por fim, cumpre destacar que a obra reflete as tensões
da modernização Meiji, e os debates entre tradição e ocidentalização, alertando a sociedade para
os perigos de projetos autoritários ou importações acríticas de modelos estrangeiros. Conclui se que Nakae, ao invés de construir um texto desideologizado, defende um caminho pragmático,
em que a transição para a democracia se apoia no cultivo a um ethos de moderação e reformas
lentas, equilibrando inovação e identidade nacional. |
| Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História, 2025. |
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| Aparece na Coleção: | História
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