Otimização da obtenção de extratos hidroetanólicos de Morus nigra frente à atividade de inibição de L-tirosinase

Abstract

A Morus nigra, também conhecida popularmente como amoreira ou amoreira negra, apresenta diversos efeitos terapêuticos, já demonstrados em estudos, como por exemplo, a ação anti inflamatória, antihiperlipidêmica e, de maneira mais notável, a potencial ação despigmentante, por meio da inibição da L-tirosinase, enzima que catalisa a síntese de melanina. Por apresentarem grande potencial de ação, inclusive terapêutico, as indústrias estão utilizando, cada vez mais, extratos vegetais para extrair componentes capazes de auxiliarem diversos ramos, desde a indústria alimentícia até a farmacêutica, por isso se faz necessário a otimização do processo extrativo, com o intuito de gastar menos recursos, como tempo e dinheiro. Dentro esses contextos expostos, o presente trabalho teve como objetivo otimizar o processo de obtenção do extrato hidroetanólico das folhas de Morus nigra, por meio da variação da concentração de etanol, tempo e método de extração, testados por meio de ensaios enzimáticos de inibição da L-tirosinase e comparados com um padrão positivo e analisados por cromatografia líquida de alta eficiência com detector de arranjo de diodo (CLAE-DAD), para avaliar os compostos extraídos em cada extrato. Neste estudo foi possível inferir que os flavonoides isolados, isoquercetina e ácido clorogênico, não atuam de maneira direta na inibição da enzima, porém a diminuição da concentração do etanol no extrato pode ser viável para otimizar e substituir o extrato padrão, além de economizar recursos. Outro fator importante é o tempo de extração, pois os que foram extraídos em 2 horas por maceração ativa obtiveram valores altos de IC50 em comparação aos demais.