| Título: | Tratamento oncológico do câncer de mama e de colo uterino na gravidez: uma revisão sobre segurança terapêutica |
| Autor(es): | Duarte, Arthur de Queiroz |
| Orientador(es): | Silva, Mônica Valero da |
| Assunto: | Câncer Câncer - pacientes Câncer de colo do útero Câncer de mama Mulheres grávidas Mulheres grávidas - saúde Câncer - tratamento |
| Data de apresentação: | 11-Fev-2025 |
| Data de publicação: | 28-Out-2025 |
| Referência: | DUARTE, Arthur de Queiroz. Tratamento oncológico do câncer de mama e de colo uterino na gravidez: uma revisão sobre segurança terapêutica. 2025. 41 f., il. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Farmácia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025. |
| Resumo: | O tratamento oncológico em mulheres grávidas representa um desafio clínico
complexo, exigindo um equilíbrio entre a efetividade terapêutica e a segurança materno-fetal.
O câncer de mama e o câncer do colo do útero estão entre as neoplasias mais prevalentes
diagnosticadas na gestação, demandando estratégias terapêuticas adaptadas ao período
gestacional. Esta revisão de escopo tem como objetivo avaliar a segurança das principais
modalidades terapêuticas utilizadas no tratamento oncológico durante a gravidez, incluindo
quimioterapia, cirurgia, radioterapia, imunoterapia e terapias-alvo. Para isso, foi realizada
uma busca sistemática nas bases de dados PubMed, LILACS e ScienceDirect, considerando
estudos publicados entre 2020 e 2025. Foram incluídas revisões de literatura, estudos de
coorte, uma meta-análise e séries de casos retrospectivos que analisaram desfechos maternos
e fetais relacionados aos tratamentos oncológicos e possíveis complicações. Os resultados
sugerem que a quimioterapia com antraciclinas e taxanos, frequentemente empregada no
tratamento do câncer de mama, quando iniciada no segundo trimestre, apresenta um perfil de
segurança positivo, com taxas controladas de prematuridade e malformações. Para o câncer
de colo do útero, o uso de análogos de platina também se mostrou uma opção segura. A
cirurgia é uma opção viável em qualquer trimestre, desde que realizada com monitoramento
adequado. Já a radioterapia é contraindicada no primeiro trimestre devido ao alto risco de
teratogenicidade, sendo aplicada com restrições nos trimestres subsequentes. As terapias-alvo
e imunoterapias ainda carecem de dados robustos para garantir sua segurança na gestação. O
manejo do câncer na gravidez deve ser individualizado e conduzido por uma equipe
multidisciplinar, priorizando tratamentos baseados em evidências que minimizem riscos fetais
sem comprometer a sobrevida materna. As complicações fetais, como aborto, prematuridade
e defeitos congênitos, exigem um monitoramento fetal rigoroso durante o tratamento. A
necessidade de mais estudos clínicos é evidente, especialmente no que se refere à segurança
de terapias-alvo e imunoterapias nesse contexto. |
| Abstract: | Oncological treatment in pregnant women represents a complex clinical challenge,
requiring a balance between therapeutic efficacy and maternal-fetal safety. Breast cancer and
cervical cancer are among the most prevalent cancers diagnosed during pregnancy, requiring
therapeutic strategies adapted to the gestational period. This scoping review aims to evaluate
the safety of the main therapeutic modalities used in oncological treatment during pregnancy,
including chemotherapy, surgery, radiotherapy, immunotherapy, and targeted therapies. A
search was conducted in the PubMed, LILACS, and ScienceDirect databases, considering
studies published between 2020 and 2025. Literature reviews, cohort studies, one
meta-analysis, and retrospective case series were included, analyzing maternal and fetal
outcomes related to oncological treatments and potential complications. The results suggest
that chemotherapy with anthracyclines and taxanes, frequently used in breast cancer
treatment when started in the second trimester, presents a positive safety profile, with
controlled rates of preterm birth and malformations. For cervical cancer, the use of platinum
analogs also proved to be a safe option. Surgery is a viable option in any trimester, as long as
it is performed with appropriate monitoring. However, radiotherapy is contraindicated in the
first trimester due to the high risk of teratogenicity and is applied with restrictions in
subsequent trimesters. Targeted therapies and immunotherapies still lack robust data to
ensure their safety during pregnancy. Cancer management during pregnancy should be
individualized and conducted by a multidisciplinary team, prioritizing evidence-based
treatments that minimize fetal risks without compromising maternal survival. Fetal
complications, such as abortion, preterm birth, and congenital defects, require rigorous fetal
monitoring during treatment. The need for more clinical studies is evident, especially
regarding the safety of targeted therapies and immunotherapies in this context. |
| Informações adicionais: | Trabalho de conclusão de curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Farmácia, 2025. |
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| Aparece na Coleção: | Farmácia - Campus Darcy Ribeiro
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