Título: | Proteção de dados e autonomia da vontade : uma análise das políticas de privacidade e dos termos de uso de modelos de inteligência artificial à luz do ordenamento brasileiro |
Autor(es): | Silva, Beatriz Stephany Carvalho da |
Orientador(es): | Bonat, Débora |
Assunto: | Inteligência artificial Política de privacidade Proteção de dados |
Data de apresentação: | 18-Jul-2025 |
Data de publicação: | 10-Out-2025 |
Referência: | SILVA, Beatriz Stephany Carvalho da. Proteção de dados e autonomia da vontade: uma análise das políticas de privacidade e dos termos de uso de modelos de inteligência artificial à luz do ordenamento brasileiro. 2025. 82 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025. |
Resumo: | O presente trabalho examina em que medida os Termos de Uso e a Política de Privacidade dos
principais modelos de IA da atualidade se adequam ao ordenamento brasileiro. Para isso,
foram selecionadas quatro aplicações: o Gemini (Google), DeepSeek (Hangzhou DeepSeek
Artificial Intelligence), Copilot (Microsoft) e ChatGPT (OpenAI). A escolha dos sistemas se
deu com base na amplitude de popularidade, disponibilidade e acessibilidade dos modelos aos
usuários. A partir da análise das cláusulas de uso dessas ferramentas, investigou-se a
compatibilidade das disposições com os princípios da autonomia da vontade, da boa-fé
objetiva e da função social do contrato, assim como com ditames da Lei Geral de Proteção de
Dados Pessoais, o Marco Civil da Internet, o Código de Defesa do Consumidor e as
Resoluções nº 332/2020 e 615/2025 do Conselho Nacional de Justiça. O trabalho também
aborda pontos de vulnerabilidade, assimetrias informacionais, transparência e a amplitude do
controle do titular sobre os seus dados. A investigação dos termos revelou uma inconstância
na preocupação em garantir que a parte mais vulnerável da relação contratual, de fato,
compreenda o conteúdo pactuado. Além disso, há mecanismos que prejudicam o controle do
usuário sobre o uso de seus dados para treinamento, como a utilização de uma linguagem
enviesada. Por fim, notou-se que, enquanto não há uma legislação específica para a
Inteligência Artificial, os usuários são deixados ao arbítrio de entidades privadas em um
regime de autorregulação. |
Abstract: | This study assesses how the Terms of Use and Privacy Policies of current leading AI models
align with the Brazilian legal framework. To this end, four applications were chosen: Gemini
(Google), DeepSeek (Hangzhou DeepSeek Artificial Intelligence), Copilot (Microsoft) and
ChatGPT (OpenAI). The selection of these systems was based on the popularity, availability
and user accessibility. By analyzing the terms and conditions of these tools, this work
investigates the compatibility of their provisions with the principles of contractual autonomy,
objective good faith, and the social function of the contract, as well as with the guidelines set
forth by the General Data Protection law (LGPD), the Brazilian Internet Bill of Rights
(Marco Civil da Internet), the Consumer Protection Code (CDC), and Resolutions nº
332/2020 e 615/2025 of the National Council of Justice (CNJ). The research also addresses
points of vulnerability, asymmetries, transparency and the scope of user control over their
personal data. The investigation of the terms revealed inconsistencies in the commitment to
ensuring that the most vulnerable party in the contractual relationship truly understands the
agreed-upon content. Furthermore, there are mechanisms that hinder the user´s control over
the use of their data for training purposes, such as the use of biased language. Finally, it was
noted that as long as there is no specific legislation for Artificial Intelligence, users are left to
a private ordering regime. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, 2025. |
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