Percepções dos professores de ciências e biologia sobre os fatores de ansiedade em seus alunos

Abstract

Este estudo aborda a ansiedade como um transtorno mental, manifestando-se por meio de intensos sentimentos de preocupação e nervosismo, impactando os domínios cognitivos, emocionais e comportamentais, frequentemente acompanhados de sintomas físicos. O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) está vinculado ao desempenho acadêmico e profissional, evidenciando seu impacto notável em estudantes do ensino fundamental e médio, especialmente devido à persistente inquietação relacionada às disciplinas escolares. Diante da significativa influência dos adolescentes no desenvolvimento do TAG, este estudo visa avaliar a habilidade dos professores em identificar sinais de ansiedade, notadamente o TAG, em alunos de ciências naturais e biologia. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário aplicado a 15 professores de escolas públicas do Distrito Federal, complementada por uma revisão bibliográfica sistemática, abarcando 14 trabalhos relacionados ao tema. Os resultados, analisados de maneira descritiva, evidenciaram a capacidade dos professores em reconhecer as causas das crises de ansiedade, incluindo fatores familiares, o retorno às aulas presenciais após a pandemia de COVID-19 e o uso indiscriminado de redes sociais. Conclui-se, então, que, embora o ensino de ciências e biologia tenha sido percebido como estressante, não foi diretamente associado aos fatores que causam ansiedade nos alunos. No entanto, outros elementos foram destacados, indicando que há uma necessidade premente de análises e estudos mais aprofundados para promover um sistema educacional menos prejudicial aos alunos. Dada a limitação do número de respostas obtidas, sugere-se pesquisas adicionais com amostras mais abrangentes, concentrando-se em aspectos sociais, avaliativos e nos impactos a longo prazo da pandemia de COVID-19.