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Título: Controle de constitucionalidade e convencionalidade nos processos de transição argentino e brasileiro : a responsabilização em perspectiva comparada
Autor(es): Sousa, Anna Flávia Bacarin Fay de
Orientador(es): Benvindo, Juliano Zaiden
Assunto: Anistia
Argentina - transição democrática
Justiça de transição
Direito constitucional
Data de apresentação: 10-Fev-2025
Data de publicação: 13-Mar-2025
Referência: SOUSA, Anna Flávia Bacarin Fay de. Controle de constitucionalidade e convencionalidade nos processos de transição argentino e brasileiro: a responsabilização em perspectiva comparada. 2025. 60 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025.
Resumo: Um dos principais elementos da justiça de transição e, assim, do processo de transição democrática que a engloba, é a responsabilização dos agentes públicos que se valeram da prerrogativa estatal para cometer crimes sob a égide do estado de exceção. Nesse sentido, com o retorno à ordem constitucional, as leis de anistia que acompanham processos de transição são frequentes objetos de controvérsias judiciais, que enfrentam o dilema entre ensejar a responsabilização ou servir à sua supressão. Os pleitos judiciais brasileiros usualmente têm como referência a Constituição Federal de 1988 e a posição que o Supremo Tribunal Federal tomou, em exercício de controle de constitucionalidade da Lei n.º 6.683 de 1979 (Lei de Anistia), no julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n.º 153. No entanto, as repetidas condenações do Brasil pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, por conta da inviabilização, pela Lei de Anistia, de que os infratores que cometeram crimes contra os direitos humanos sejam responsabilizados, a referida lei tem sido afastada no caso concreto através do controle de convencionalidade. Frente ao duplo juízo valorativo que pode ser feito a respeito de procedimentos estatais de justiça de transição, a pesquisa objetiva, ultimamente, pensar a dinâmica entre constitucionalidade, convencionalidade e justiça de transição não somente no Brasil, mas também na Argentina, caso diametralmente oposto ao brasileiro. A investigação, pertencendo ao ramo de estudos em Direito Constitucional Comparado, usa da metodologia de small-N research, marcada pela análise de países selecionados de modo a inquirir sobre as variáveis contextuais responsáveis pela sua diversidade quanto a um aspecto em particular, qual seja, no caso, o status da justiça de transição, especificamente no que toca à responsabilização. Observa-se, a partir disso, a existência de um vínculo que conecta a história, os procedimentos judiciais internos de responsabilização, o tratamento da Corte Interamericana de Direitos Humanos e a percepção atual da validade das leis de anistia.
Abstract: One of the main elements of transitional justice and, henceforth, one of the main components of political transition as a whole, is the accountability of the law enforcement agents that made use of public authority and exceptional circumstances to commit crimes. With the return to the constitutional order, the amnesty laws that accompany political transitions are oftentimes objects of judicial controversy, bringing about the dilemma of either promoting accountability or suppressing it. Such cases in Brazil usually refer to the Federal Constitution of 1988 and the stance taken by the Supremo Tribunal Federal, appreciating the constitutionality of the Amnesty Law of 1979 (Law n. 6.683), in the court hearing of the Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 153, an example of constitutional review. However, due to Brazil’s repeated convictions before the Inter-American Court of Human Rights, in light of the Amnesty Law’s role as an obstacle to the judicial prosecution of human rights offenders, the law’s effect has been suspended in concrete cases by referring to its conventionality. Faced with the dual pondering that can be brought about in regards to the validity of political transitions, the article ultimately seeks to investigate the dynamic between constitutionality, conventionality and transitional justice not only in Brazil, but in Argentina as well, given its status as a case diametrically opposed to the brazilian one. The thesis, taking on the perspective of the field of Comparative Constitutional Law, adopts small-N research as a methodology, an approach highlighted by the analysis of a reduced number of countries in order to inquire about which contextual variables may be responsible for their divergence or convergence in regards to a particular situation. In the present case, the status of transitional justice, mainly in how it concerns accountability. From that analysis it is possible to take notice of the existence of a thread that connects History, internal judicial procedures, the position of the Inter-American Court of Human Rights and the current perception of the validity of amnesty laws.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, 2025.
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