Privação das áreas verdes e racismo socioambiental no contexto da segregação socioespacial no Distrito Federal : desafios enfrentados pela população periférica das cidades-satélites

Abstract

O objetivo geral deste estudo foi analisar a formação das periferias urbanas brasileiras a partir do processo de colonização, escravismo e racismo estrutural, com foco na construção de Brasília e suas cidades-satélites. A justificativa baseou-se na necessidade de compreender como o racismo socioambiental e as políticas públicas excludentes contribuíram para a segregação socioespacial e marginalização das populações negras e periféricas. A metodologia incluiu uma revisão bibliográfica de estudos históricos e sociológicos sobre a formação urbana e as dinâmicas de exclusão social, aliada à análise de políticas habitacionais e suas consequências para a estrutura das periferias. Na discussão, foi evidenciado que as práticas de remoção e realocação de trabalhadores migrantes para as periferias reforçaram desigualdades sociais e raciais, criando um cenário de injustiça socioambiental. A conclusão indicou que o racismo estrutural está enraizado nas políticas de desenvolvimento urbano, perpetuando a segregação socioespacial. Estudos futuros podem explorar formas de integração urbana e justiça ambiental nas periferias.