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Título: Efeito do peptídeo neurovespina livre e nanoencapasulado em processos epileptogênicos
Autor(es): Kozuma, Júlia Akemi
Orientador(es): Mortari, Márcia Renata
Assunto: Epilepsia
Astrogliose
Neurovespina
Data de apresentação: 3-Set-2024
Data de publicação: 27-Set-2024
Referência: KOZUMA, Júlia Akemi. Efeito do peptídeo neurovespina livre e nanoencapasulado em processos epileptogênicos. 2024. 44 f., il. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Farmácia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024.
Resumo: A epilepsia é um transtorno cerebral crônico caracterizado por uma predisposição persistente na geração de crises epilépticas. Possui etiologias diversas, incluindo fatores estruturais, genéticos, infeciosos, metabólicos, imunológicos e causas desconhecidas. Afeta mais de 50 milhões de pessoas no mundo todo e aproximadamente 2% da população brasileira. Cerca de um terço dos pacientes desenvolvem resistência aos medicamentos anticonvulsivantes, sendo que a Epilepsia do Lobo Temporal é frequentemente associado a crises refratárias e é a causa mais frequente de epilepsia focal em adultos. A esclerose hipocampal, que leva a perda de células piramidais – principalmente em CA1, neuroinflamação, astrogliose reativa, perda neuronal e reorganização de sinapses são achados da Epilepsia do Lobo Temporal. A identificação dessas alterações morfológicas pode ser realizada através de técnicas histológicas e de imunofluorescência, com o emprego de coloração de Nissl e marcações com anticorpos anti-proteína ácida fibrilar glial (GFAP). Uma vez que a epilepsia resulta em diversas consequências neurológicas, cognitivas, psicológicas e sociais, novos tratamentos, sobretudo para casos refratários, são necessários. Assim, pesquisas para a descoberta de novas moléculas estão em constante progresso e a investigação do potencial farmacológico de peçonhas animais vem ganhando destaque. Dentre essas novas moléculas, o peptídeo neurovespina, análogo Occidentalina-1202, que é derivado da peçonha da vespa Polybia occidentalis, apresenta um efeito neuroprotetor e anticonvulsivante. Através de alterações que visam a melhoria da estabilidade do composto, por meio da nanotecnologia, a neurovespina foi nanoencapsulada. O presente trabalho avaliou a atividade do peptídeo em astrócitos e neurônios do hipocampo, nas regiões CA1, CA3 e giro denteado, em sua forma livre e nanoencapsulada, em um modelo animal crônico de Epilepsia do Lobo Temporal induzida por pilocarpina através do uso da coloração de Nissl e GFAP. Os resultados do estudo revelarem uma necessidade de aperfeiçoamento das técnicas de análise, tanto da perda neuronal, quanto da astrogliose.
Abstract: Epilepsy is a chronic brain disorder characterized by a persistent predisposition to generate epileptic seizures. It has diverse etiologies, including structural, genetic, infectious, metabolic, immunological factors, and unknown causes. It affects more than 50 million people worldwide and approximately 2% of the Brazilian population. About one-third of patients develop resistance to anticonvulsant drugs, with Temporal Lobe Epilepsy often associated with refractory seizures and being the most common cause of focal epilepsy in adults. Hippocampal sclerosis, leading to pyramidal cell loss— mainly in CA1—neuroinflammation, reactive astrogliosis, neuronal loss, and synaptic reorganization are findings of Temporal Lobe Epilepsy. Identifying these morphological changes can be performed using histological and immunofluorescence techniques, with Nissl staining and anti-glial fibrillary acidic protein (GFAP) antibody labeling. Since epilepsy results in various neurological, cognitive, psychological, and social consequences, new treatments, especially for refractory cases, are necessary. Therefore, research for the discovery of new molecules is constantly progressing, and the investigation of the pharmacological potential of animal venoms has been gaining prominence. Among these new molecules, the neurovespin peptide, Occidentalin 1202 analog, derived from the venom of the wasp Polybia occidentalis, exhibits neuroprotective and anticonvulsant effects. Through modifications aimed at improving the compound’s stability via nanotechnology, neurovespin was nanoencapsulated. The present work evaluated the activity of the peptide in astrocytes and neurons of the hippocampus, in the CA1, CA3 regions, and dentate gyrus, in its free and nanoencapsulated form, in a chronic animal model of Temporal Lobe Epilepsy induced by pilocarpine using Nissl staining and GFAP. The study’s results revealed a need for improvement in the analysis techniques employed, both for neuronal loss and astrogliosis.
Informações adicionais: Trabalho de conclusão de curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Farmácia, 2024.
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