Título: | Reação de cultivares de algodoeiro à Paramyrothecium roridum |
Autor(es): | Ferreira, Raylane de Brito |
Orientador(es): | Pinho, Danilo Batista |
Assunto: | Algodão - doenças e pragas Fitopatologia |
Data de apresentação: | 23-Jan-2024 |
Data de publicação: | 20-Set-2024 |
Referência: | FERREIRA, Raylane de Brito. Reação de cultivares de algodoeiro à Paramyrothecium roridum. 2024. 25 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Agronomia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. |
Resumo: | O algodoeiro tem sido cultivado extensivamente devido a rentabilidade econômica
proporcionada pelo aumento do potencial produtivo no Brasil. Em algumas regiões, a
semeadura do algodão é realizada após a colheita da soja, no sistema de cultivo vulgarmente
conhecido como safrinha. A presença de patógenos nos restos culturais da soja associada com
temperaturas elevadas, precipitação pluviométrica contínua, ausência de resistência nos
cultivares e o direcionamento da aplicação de fungicidas favorecem o surgimento da mancha
de mirotécio em estágios iniciais, causando a desfolha. Nesse contexto, quanto menor a
incidência de doenças, maior a produtividade e qualidade da fibra de algodão. Como alguns
fitopatógenos polífagos são mais virulentos na hospedeira inicial, o objetivo desse estudo foi
verificar a patogenicidade cruzada de isolados de Paramyrothecium roridum obtidos do
algodoeiro e da soja em cultivares de algodoeiro utilizadas no sistema safrinha. Para isso, as
cultivares de algodoeiro FM970, DP1746, IMA5801, FM985, TMG47, FM978 e TMG44
foram inoculadas com uma suspensão de esporos de Paramyrothecium roridum obtido da soja
e do algodoeiro. Aos dez dias após a inoculação foram observadas as manchas foliares típicas
da mancha de mirotécio em todas as cultivares algodoeiro. A mancha de mirotécio nas
cultivares resistentes a mancha de ramularia (FM970, FM978, TMG44, TMG47 e IMA5801)
foram semelhantes aos demais cultivares independente da origem (algodoeiro ou soja) do
isolado. Como Paramyrothecium roridum é um organismo saprófita, em condições favoráveis
esse fungo causa desfolha intensa, reduzindo a produtividade e a qualidade da fibra de algodão.
Portanto, o manejo da mancha de mirotécio no sistema de cultivo safrinha deve ser eficiente
para evitar epidemias da doença nos estágios iniciais do algodoeiro. |
Abstract: | Cotton has grown extensively due to the economic profitability provided by the increase in
production potential in Brazil. In some regions, cotton is sown after the soybean harvest, in a
cropping system commonly known as an off-season crop. The presence of pathogens in the
remains of soybean crops associated with high temperatures, continuous rainfall, lack of
resistance in the cultivars, and the targeting of fungicide applications favor the emergence of
Paramyrothecium blight in the early stages, causing defoliation. In this context, the lower the
incidence of disease, the higher the productivity and quality of cotton fiber. As some
polyphagous phytopathogens are more virulent on the initial host, this study aimed to verify the
cross-pathogenicity of Paramyrothecium roridum isolates obtained from cotton and soybeans
on cotton cultivars used in the off-season system. To this end, the cotton cultivars FM970,
DP1746, IMA5801, FM985, TMG47, FM978, and TMG44 were inoculated with a suspension
of Paramyrothecium roridum spores obtained from soybeans and cotton. Ten days after
inoculation, the typical leaf spots of Paramyrothecium blotch were observed on all the cotton
cultivars. Myrothecium leaf spot on the cultivars resistant to ramularia leaf spot (FM970,
FM978, TMG44, TMG47, and IMA5801). Were similar to the other cultivars, regardless of the
origin (cotton or soybean) of the isolate. Paramyrothecium roridum is a saprophytic organism,
under favorable conditions this fungus causes intense defoliation, reducing the productivity and
quality of the cotton fiber. Therefore, the management of Paramyrothecium blotch in the off season cropping system must be efficient to avoid epidemics of the disease in the early stages
of the cotton plant. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, 2024. |
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