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Título: “How-to” learn musicke : a produção de hierarquias epistêmicas em práticas não verbais nos manuais de música ingleses dos séculos XVII e XVIII
Autor(es): Sales, Júlia Borges
Orientador(es): Araújo, André Gustavo de Melo
Assunto: Época Moderna (1453-1789)
Manuscritos
Música antiga
Epistemologia
Data de apresentação: 16-Jul-2024
Data de publicação: 29-Ago-2024
Referência: SALES, Júlia Borges. “How-to” learn musicke: a produção de hierarquias epistêmicas em práticas não verbais nos manuais de música ingleses dos séculos XVII e XVIII. 2024. 56 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em História) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024.
Resumo: Esta pesquisa explora a sistematização do conhecimento de práticas não verbais na Época Moderna com o objetivo de investigar a produção de hierarquias epistêmicas ao comparar quatro manuais (how-to handbooks) ingleses de música, impressos entre 1608 e 1756. O foco na Inglaterra se justifica por particularidades como as divisões de valores e as diferenças na técnica de solmização registradas nessa região, em relação às tendências musicais europeias. A escolha do gênero textual surge da disparidade numérica entre pesquisas históricas acerca da produção de conhecimento de práticas não verbais e de práticas verbais. A leitura da documentação, apoiada nos conceitos de intermedialidade e de gênero epistêmico, articula-se à perspectiva historiográfica contemporânea da história do conhecimento, que se concentra em investigar os processos de produção, desenvolvimento e transformação dos conhecimentos ao longo do tempo, interpretandoos como produtos histórico-sociais. No primeiro capítulo, abordamos a genealogia das fontes e do gênero textual analisado; no segundo, delimitamos os conceitos de episteme, gênero epistêmico, hierarquia epistêmica e intermedialidade, evidenciando a importância de uma análise intermedial dos manuais; no último, destacamos os padrões e as diferenças dos manuais na construção do conhecimento. Concluímos que o estudo de manuais de música contribui para a expansão de pesquisas centradas em práticas não verbais no campo da história do conhecimento ao compreendermos os manuais como produtos intelectuais sistematizadores do conhecimento sobre práticas não verbais.
Abstract: This research explores the standardization of knowledge of non-verbal practices in the early modern period to investigate the production of epistemic hierarchies by comparing four British manuals (How-to Handbooks) of music printed between 1608 and 1756. The focus on the English region is justified by its distinct characteristics, such as the divisions of values and the differences in solmization technique when compared to broader European musical tendencies. The choice of the genre arises from the numerical disparity between historical research regarding the production of knowledge of non-verbal practices and verbal practices. The analysis of these documents is supported by the concepts of intermediality and epistemic genre and is connected to the contemporary historiographical perspective of the history of knowledge. This perspective investigates the processes of production, development, and transformation of knowledge over time, understanding them as historical social products. The first chapter addresses the genealogy of the sources and textual genres analyzed. The second chapter defines and limits the concepts of episteme, epistemic genre, intermediality, and epistemic hierarchy, and it also outlines the archaeological methodology, emphasizing the importance of an intermediate analysis of the manuals. The final chapter focuses on the patterns and differences among the manuals in constructing knowledge. The findings of this research indicate that studying how-to handbooks in music contributes to the expansion of research focused on non-verbal practices within the field of the history of knowledge. Additionally, it recognizes the manuals as intellectual products that systematize the knowledge of non-verbal practices.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História, 2024.
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