Título: | Percepção de violência dos Agentes Comunitários de Saúde durantes as visitas domiciliares |
Autor(es): | Cardoso, Natália Moura |
Orientador(es): | Cruz, Mariana Sodario |
Assunto: | Agentes comunitários de saúde Violência |
Data de apresentação: | 11-Dez-2023 |
Data de publicação: | 8-Ago-2024 |
Referência: | CARDOSO, Natália Moura. Percepção de violência dos Agentes Comunitários de Saúde durantes as visitas domiciliares. 2023. 50 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Saúde Coletiva) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023. |
Resumo: | Um dos principais atores responsáveis pelo trabalho no território é o Agente Comunitário de
Saúde (ACS), ele é quem se aproxima das pessoas e faz visitas domiciliares, com um olhar
atento a tudo o que pode influenciar a saúde. Ingressar na casa das pessoas permite que o ACS
se insira na realidade de cada família de forma mais íntima, e essa inserção possui pontos
positivos para a saúde dos indivíduos, ao possibilitar uma abordagem mais personalizada e
efetiva, visto que o ACS pode oferecer orientações e intervenções que considerem as
particularidades de cada caso. No entanto, as visitas domiciliares também possuem pontos
dificultadores, pois, ao sair da Unidade Básica de Saúde (UBS), o ACS pode se deparar com
diversas situações não esperadas em sua rotina e que podem representar risco à sua
integridade física e mental. Por isso, esse trabalho procura responder quais são as percepções
de violência dos Agentes Comunitários de Saúde durante as visitas domiciliares. Trata-se de
uma pesquisa descritiva, que busca retratar as situações de violência vivenciadas por ACS no
exercício da visita domiciliar. Caracteriza-se por pesquisa de abordagem qualitativa,
descritiva, realizada por meio de questionário online disponibilizado aos ACS por meio de
link nas redes sociais. Ao todo, 14 pessoas responderam o questionário online. Considerando
as respostas fornecidas pelos 14 ACS no questionário online, é evidente que a temática da
violência durante as visitas domiciliares é uma preocupação significativa. Metade dos
participantes relatou vivenciar situações de violência, destacando a importância de abordar
esse problema. Os principais problemas relatados pelos indivíduos foram assédio moral e
sexual, maus tratos, violência verbal e assaltos. Visitas individuais e contato com pessoas
dependentes químicas foram apontados como os principais fatores que trazem sensação de
insegurança. Foi identificada uma lacuna significativa em termos de orientação e preparo
oferecidos a esses profissionais para reagir ou se prevenir frente a essa realidade de violência.
Há um reconhecimento de que a insegurança está interligada à saúde mental dos ACS e pode
influenciar na maneira como os profissionais se relacionam com o território. As respostas
refletem a multiplicidade de desafios enfrentados pelos ACS, destacando a necessidade de
abordagens integradas para minimizar os riscos. A visão holística do sanitarista para essas
questões pode ser fundamental para integrar medidas de prevenção, segurança, educação e
apoio emocional para garantir a eficácia contínua do trabalho dos ACS na promoção da saúde
nas comunidades. |
Abstract: | One of the main actors responsible for work in the territory is the Community Health Agent
(ACS), he is the one who approaches people and makes home visits, with a close eye on
everything that can influence health. Entering people's homes allows the ACS to insert
themselves into the reality of each family in a more intimate way, and this insertion has
positive points for the health of individuals, by enabling a more personalized and effective
approach, as the ACS can offer guidance and interventions that consider the particularities
of each case. However, home visits also have difficult points, as, when leaving the Basic
Health Unit (UBS), the CHA may encounter several situations that are not expected in their
routine and which may pose a risk to their physical and mental integrity. Therefore, this
work seeks to answer what Community Health Agents' perceptions of violence are during
home visits. This is a descriptive research, which seeks to portray the situations of violence
experienced by CHWs during home visits. It is characterized by research with a qualitative,
descriptive approach, carried out through an online questionnaire made available to CHAs
through a link on social networks. In total, 14 people responded to the online questionnaire.
Considering the answers provided by the 14 CHWs in the online questionnaire, it is clear
that the issue of violence during home visits is a significant concern. Half of the participants
reported experiencing situations of violence, highlighting the importance of addressing this
problem. The main problems reported by individuals were moral and sexual harassment,
mistreatment, verbal violence and assaults. Individual visits and contact with chemically
dependent people were identified as the main factors that bring a feeling of insecurity. A
significant gap was identified in terms of guidance and preparation offered to these
professionals to react or prevent themselves in the face of this reality of violence. There is
recognition that insecurity is linked to the mental health of CHWs and can influence the way
in which professionals relate to the territory. The responses reflect the multiplicity of
challenges faced by CHWs, highlighting the need for integrated approaches to minimize
risks. The health professional's holistic view of these issues can be fundamental to integrate
prevention, safety, education and emotional support measures to ensure the continued
effectiveness of the work of CHWs in promoting health in communities. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ceilândia, 2023. |
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Aparece na Coleção: | Saúde Coletiva - Campus UnB Ceilândia
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