Resumo: | Ao considerar, ao longo da história, que as memórias dos povos originários e afro-indígenas das
comunidades tradicionais, que se depararam com a invisibilidade e silenciamento no campo
acadêmico, por desconsiderar suas potências e resistências, saberes corporificados por suas
vivências culturais destacando a diversidade de significações construídas e simbolizadas pelo
conhecimento tradicional e religioso. Com objetivo em identificar e descrever as experiências
cênicas vivenciadas pelos moradores do Quilombo Mata Cavalos, distrito do município de Nossa
Senhora do Livramento/MT, mediante ações ou mecanismos estratégicos associados às suas
vivências de cultura singular, entrelaçando a educação não formal à educação formal que se cruzam
nesse espaço. Ao abordar a cultura, a complexidade que existe entre pensamento e linguagem.
Existe uma universalidade que nos toca, mas a singularidade, gera a impossibilidade de explicar,
pois não se exaure. Merleau-Ponty (1999), mostra-nos que, o fenômeno transcende o sujeito, pois
o fenômeno se dá em possibilidades infinitas de relações desse sujeito não somente no mundo, mas
com o mundo e sua enorme abrangência. Paulo Freire (1996, 1987), por sua vez, por suas
abordagens trás o esperançar de outros mundos possíveis, maiores do que nós, apostando em uma
educação libertadora, pautadas pela descoberta de aprendizagens, lutas e resistências por nossa
responsabilidade e amorosidade. A metodologia adotada para este trabalho foi a pesquisa
participativa, etnográfica por descrição, conversando com as/os moradoras (es), permanentes da
comunidade em estudo, que foram entrevistadas. A fonte da coleta de informação sobre práticas
educativas não formais, foi com entrevistas, registros em áudio, gravações e anotações em caderno
de campo e a aplicação de um questionário para os moradores. |