Caracterização dendrométrica, biomassa e estoque de carbono de um sistema agroflorestal no bioma cerrado

Abstract

A principal forma de emissão de gases de efeito estufa (GEE) no Brasil, é pelo desmatamento de florestas nativas, principalmente pelo setor agropecuário. O Cerrado brasileiro sofre com toda essa pressão antrópica, fazendo com que seja atualmente um dos biomas mais ameaçados do mundo. É importante conservar esse bioma, para recuperar os serviços ecossistêmicos essenciais, como a mitigação do efeito estufa, através do sequestro de carbono atmosférico. Uma forma de produção mais sustentável é o SAF, que integra a produção de vários elementos com a conservação. Esses sistemas conseguem estocar muita biomassa e consequentemente sequestrar o carbono, tendo em vista a importância dos SAFs em mitigar os efeitos das mudanças climáticas, o estudo teve a finalidade de avaliar a dinâmica de diferentes espécies em um consorcio agroflorestal no IFB-campus Planaltina, e quantificar a capacidade desses indivíduos em estocar carbono em sua biomassa, através do modelo pantropical de Chave et al. (2014). Os resultados indicaram 5,05 Mg.ha-¹ de biomassa aérea, 2,37 Mg C.ha-¹ de carbono aéreo e 8,69 Mg.CO2(eq).ha-1 . As espécies que mais se destacaram no sistema foram a Ceiba speciosa e Guazuma ulmifolia, ambas nativas do Cerrado. Com os resultados, foi possível concluir que as espécies utilizadas no estudo se adaptaram bem ao sistema e, estão conseguindo cumprir sua função de recuperar a área antes degradada, e promovendo outros benefícios como gerar biomassa e estocar carbono.