O amor em Assim falou Zaratustra : uma reflexão sobre a crítica de Nietzsche ao cristianismo

Abstract

A proposta da presente monografia é acercar-se de como o amor participa desta obra de Nietzsche. Mas, o que é isso que expressamos com a palavra amor? Seria o desejo que – tal como uma chama – se mantém aceso enquanto não se tem aquilo que se quer (Eros) ou, diversamente, seria o prazer por algo que se possui (Philia)? Que espécie – ou espécies – de amor se esconde onde ele aparece neste trabalho do filósofo alemão? Mas o escopo aqui não é este. Tendo-se em mente que o amor é um tema presente em Zaratustra, o que se quer é saber o que faz esse amor que atravessa todo o texto dessa obra. O que ele concede? Qual seu con-tributo para que o homem – vassalo, submisso, fraco, decadente, menos ainda que tudo a que se refere cada um desses adjetivos, a ponto de causar nojo a Zaratustra – possa ser, ele mesmo, a superação do homem? Nossa incursão pelo tema vai se iniciar com um sobrevoo que nos permita “ver” o cenário da obra numa perspectiva bem geral; a seguir tentaremos dialogar com as ideias de Nietzsche buscando mergulhar nos conceitos trazidos nesta sua obra, ou em outras, a exemplo: além-homem, morte de Deus, eterno retorno, etc. A seguir, iremos retomar ao tema “amor” em Assim falou Zaratustra que, como veremos, perpassa esta obra como uma espécie de fio condutor a urdir o tecido da filosofia que o autor cogita transmitir e que, além disso, consegue impregnar o texto, como um todo, de um caráter harmônico inspirador. Por fim, apresentaremos a crítica de Nietzsche ao cristianismo, que pode ser entendida como um grito a irradiar um tom consistente com as suas ideias.