Para além das linhas : um ensaio sobre a educação tradicional e as novas perspectivas nas práticas de produção de textos e literatura em ambientes educacionais

Abstract

Como falar sobre produção de texto ou aulas de leitura e escrita e não pensar em uma escola com salas cheias de cadeiras e mesas enfileiradas, apertadinhas, com um/a professor/a que não parece ter muita felicidade em estar ali e com alunos/as que também não demonstram tanto interesse em ir para mais uma aula, onde sabem que devem seguir um padrão, ficarem calados e colocarem (ou tentar) a criatividade para jogo, transformando pensamentos em palavras, tentando usar o 'porquê' correto e encaixar a vírgula na tal pausa de respiração que não faz muito sentido, além de questionar o universo do motivo de ter que escrever um mínimo de 15 linhas? Isto nos diz muito sobre a prática e a qualidade do ensino do português e sua literatura e escrita nas escolas e nos leva a algumas reflexões: por que isso acontece? Por que o ato da escrita é tão desinteressante para esses alunos? Como motivar os estudantes? Como trabalhar a leitura e a produção textual de forma agradável e proveitosa? Foi em uma disciplina sobre práticas do ensino de redação, já nos semestres finais da graduação, em que uma professora nos mostrou as possibilidades de se ensinar a produzir textos de maneiras lúdicas e diversas, que decidi que meu trabalho final de curso seria sobre essa temática: como posso responder a essas perguntas e quebrar o ciclo de desinteresse na língua portuguesa e sua literatura e escrita, trabalhando práticas pedagógicas diferentes do tradicional nas minhas aulas?