A vivência da maternidade no processo de graduação e o papel exercido pela política de assistência estudantil

Abstract

O ingresso ao ensino superior (e até mesmo o acesso à educação básica) já foi uma regalia de um grupo social seleto, predominantemente de homens brancos, pertencentes aos estratos socioeconômicos mais elevados. Esse cenário foi sendo modificado ao decorrer do tempo e, atualmente, a maioria do corpo discente do ensino superior é feminino. Entretanto, isso não significa que não existam obstáculos para a permanência das mulheres no meio acadêmico devido ao seu gênero, em particular no caso de alunas que são mães ou gestantes. O presente o objetivo da pesquisa é investigar as vivências e adversidades advindas da gestação e maternidade no espaço acadêmico, pelas discentes de graduação da Universidade de Brasília, do campus Darcy Ribeiro, e problematizar o alcance e os limites das políticas de assistência estudantil da UnB para estas mulheres. E por conta de esse ainda ser um tema pouco explorado, trazer maior visibilidade para a fala dessas alunas, suas experiências e demandas é outro propósito do estudo. A pesquisa é de caráter exploratória e qualitativa, e dispôs-se de uma investigação bibliográfica e documental juntamente com uma pesquisa de campo qualitativa, a partir de entrevistas semiestruturadas com graduandas que são mães da UnB, por meio virtual.