A mão e o digital artefato para aferição do mundo

Abstract

Este estudo investiga a interseção entre design, crítica e tecnologia, explorando a capacidade do design de moldar e informar o mundo por meio da criação de artefatos. Com base na premissa de que o design é uma atividade inerente ao ser humano, o trabalho busca compreender como essa atividade pode ser usada como uma forma de crítica à própria criação e uso de objetos. Além disso, examina como o design, em sua variedade de formas, desempenha um papel fundamental na modernidade ao conferir sentido a estruturas abstratas e dispersas. O projeto também questiona como o design pode estabelecer novas relações entre o homem, a tecnologia e o ambiente que o cerca. Por meio de pesquisa, reflexões e experimentações, o estudo argumenta que o design pode ser uma ferramenta crítica para analisar as relações existentes e propor abordagens inovadoras para a interação entre humanos, objetos e tecnologia. Ao examinar a transformação do espaço físico e da matéria, bem como a transformação do corpo humano, da percepção e das relações sociais, busca-se identificar relações negligenciadas ou perdidas no contexto das novas tecnologias. Embora o projeto não tenha se proposto a comprovar uma hipótese específica ou solucionar problemas práticos, seu objetivo era realizar uma crítica construtiva às formas convencionais de uso e criação de objetos que influenciam nossa percepção do mundo. Por meio da imaginação e da construção física de novas relações com objetos, busca-se questionar e aprimorar a compreensão da relação entre pessoas, objetos e tecnologia. Além das contribuições teóricas, o estudo também revelou descobertas técnicas valiosas em áreas como fabricação digital, eletrônica e programação. Essas descobertas expandem tanto o conhecimento do pesquisador como designer de produtos quanto demonstram a aplicabilidade dessas técnicas na materialização de conceitos acadêmicos. Os resultados práticos e intermediários do projeto demonstraram que o design é um processo iterativo de validação de conceitos, permitindo uma abordagem exploratória e menos estruturada, especialmente quando não está sujeito às restrições da indústria. Em contraste com os objetivos estritamente utilitários ou lúdicos, essa abordagem livre do design permite uma exploração mais ampla e resultados com um propósito crítico mais significativo.