O Exército brasileiro, Góes Monteiro e o processo de modernização institucional das Forças Armadas

Abstract

Esta pesquisa busca entender o processo de modernização das Forças Armadas brasileiras e seus elos com a nação. A partir dos anos de 1930 a influência do Exército tornou-se mais proeminente, trazendo para o bojo da corporação uma visão modernizante das Forças Armadas e da nação. O Exército, força militar mais relevante no cenário brasileiro, haja vista seu contingente, aparato orçamentário e influência política, atuou na mudança institucional que aconteceu no Brasil desde o início da República. O foco desse trabalho, portanto, é examinar o processo de modernização institucional que ocorreu no seio do Exército brasileiro, observando a importância das missões estrangeiras, a reestruturação educacional militar e a organização dos órgãos superiores, como o Estado-Maior do Exército, Estado-Maior Geral e o Estado-Maior das Forças Armadas. O general Pedro Aurélio de Góes Monteiro, articulador do pensamento militar entre os anos de 1930 e o início da década de 1950, recebeu destaque por ter sido o personagem de proa na criação do Estado-Maior das Forças Armadas. Para alcançar tal objetivo, fizemos uma discussão com a historiografia pertinente ao tema e utilizamos como fontes a legislação sobre a criação dos órgãos superiores e os documentos do Estado-Maior do Exército, as Atas do Conselho Superior de Segurança Nacional entre os anos de 1939 e 1950 e a biografia do general Góes Monteiro, escrita por Lourival Coutinho: O general Góes depõe.