A formação docente na educação infantil para o trabalho pedagógico com crianças autistas

Abstract

O presente artigo discute a formação docente como prática do cotidiano e qualificação de professores da educação infantil, especialmente, para o trabalho com crianças autistas. O objetivo principal é compreender o processo histórico do autismo e a importância da formação docente para os profissionais da educação infantil no trabalho pedagógico com crianças autistas. Trazemos a princípio a história e o conceito do autismo, primeiros estudos acerca do tema e a inclusão das crianças autistas, dentre outros pontos importantes. Os objetivos foram traçados de acordo com a necessidade de acessar mais conteúdos teóricos acerca do autismo, a partir de um exercício de revisão de literatura. Nossos objetivos específicos são conceituar o que é o autismo e compreender, historicamente, como o conceito de autismo foi sendo construído e compreender a importância da formação docente para o trabalho pedagógico com crianças autistas. Para atingir esses objetivos, tivemos dois bancos de dados pesquisados: as plataformas, CAPES Periódicos e Scielo. Utilizamos como descritores o Autismo and Educação Infantil and Formação Docente; Autismo and Educação Infantil; e Autismo and Formação Docente; em uma janela de pesquisa de dez anos, e como critérios de seleção, consideramos que os artigos precisavam ter revisão por pares, estar dentro da língua portuguesa e ser do campo da educação. Diante disso, foram selecionados dez artigos, além dos artigos ofertados pela orientadora, que serviram para cotejarmos e complementarmos a pesquisa. Diante dessa pesquisa, mostrou-se consensual entre todos os artigos a necessidade de formação para o trabalho com crianças com Transtorno do Espectro Autista, evidenciou-se também uma convenção de traços mais aparentes no autismo, sendo eles, o comportamento, a interação social e a comunicação. Outro ponto observado foi o receio dos professores em trabalhar com crianças autistas, por medo de falhar, ou de não conseguir implementar sua prática pedagógica, além da maioria dos professores apontarem a superlotação das salas como fator crucial para não conseguir trabalhar adequadamente, a falta de formação e a necessidade de um outro profissional atuando como auxiliar nas práticas pedagógicas. Então podemos entender que os professores sentem carência de conhecimento sobre o autismo, o que interfere diretamente no trabalho com essas crianças. A aceitação por parte dos profissionais e pelas famílias também se fazem relevantes para o processo de inclusão e aprendizado dessas crianças. Na análise dos artigos o ponto que mais se destacou foi a importância do Plano Educacional Individualizado (PEI), que utiliza da proposta pedagógica regular, para criar um plano individualizado, mantendo os mesmos objetivos. Diante disso, consideramos que há uma grande necessidade de pesquisas e estudos que se voltem à análise da prática pedagógica com crianças autistas, mas sem deixar a teoria de fora, pois prática e teoria devem caminhar juntas.