Utilização de células tronco mesenquimais no tratamento de sequelas neurológicas decorrentes da cinomose : revisão de literatura

Abstract

O vírus da cinomose é um Morbilillivirus pertencente à famíliaParamyxoviridae responsável por uma afecção grave que acarreta em umaalta mortalidade, perdendo apenas para a raiva. O grupo mais afetado pelovírus são animais jovens, que não receberam o colostro ou não vacinados.Cães acometidos podem apresentar sintomas multissistêmicos, comogastroentéricos, respiratórios, oculares e neurológicos além de queda naimunidade acentuada. Os animais que possuem imunidade moderadadesenvolvem um quadro neurológico que persiste pelo resto da vida. Nessesentido, a terapia celular utilizando células tronco mesenquimais foi propostana tentativa de amenizar as sequelas causadas pela doença, devido ao seufácil isolamento, cultivo e propriedades regenerativas. As células troncopossuem a capacidade de migrar aos locais de inflamação semelhante a decélulas responsáveis pela resposta inflamatória, tornando viável suaaplicação tanto no local da lesão, pela via intratecal, como pela viaendovenosa. A ação parácrina e autócrina das células promoveneurogênese, sinaptogênese, arborização dendrítica, neuroproteção,angiogênese, imunomodulação através da secreção de citocinas no local dalesão, reduzindo a resposta inflamatória e induzindo as células locais ainiciarem o processo de reparação tecidual. Sendo assim, a utilização dasCTM torna-se um método viável, demonstrado por vários estudos, para otratamento das sequelas neurológicas da cinomose.