Desafios e possibilidades no trabalho profissional do/a assistente social frente à "questão das drogas"

Abstract

A Organização Mundial de Saúde define droga como qualquer substância que, ao ser introduzida no organismo, tem o potencial de interferir no seu funcionamento. O uso de drogas, deve ser compreendido dentro de um contexto amplo, levando em consideração as diversas determinações individuais, sociais, culturais e econômicas. A relação das drogas com o Serviço Social é complexa e abrange diversas dimensões. O Serviço Social, como uma profissão inserida no campo das políticas sociais e da promoção do bem-estar social, tem como objetivo principal a defesa dos direitos humanos e a promoção da justiça social. Desta forma, o objetivo deste artigo é analisar os desafios e possibilidades enfrentados pelo/a assistente social no exercício de seu trabalho profissional diante da complexa problemática das drogas. Analisando o Projeto Ético Político da profissão, que fundamenta a atuação profissional e busca promover transformações sociais e lutar por direitos. Para alcançar tal objetivo, foi utilizado o método de pesquisa qualitativa pautado no materialismo histórico dialético (método marxista) em bases de dados e levantamento bibliográfico. Observou-se que os desafios são evidenciados pela estigmatização e criminalização das pessoas que usam drogas, além da falta de recursos e estruturas adequadas para o enfrentamento dessa problemática, o que limita o alcance das intervenções profissionais. Observou-se também o fortalecimento e financiamento de espaços que reforçam uma perspectiva de moralização do uso de drogas, incorporadoras, sobretudo nas Comunidades Terapêutica. Portanto, o trabalho profissional deve ser pautado por princípios éticos e políticos, visando a transformação social e o fortalecimento dos direitos humanos no contexto do uso de drogas.