Resumo: | A experimentação no Ensino de Química pode ser vista de duas maneiras: a maneira boa ou a ruim. Há quem goste de ver experimentos sendo feitos com mudanças de cor ou explosões, no entanto, a partir dessa visão simplista, a Química é transformada em vilã, já que a experimentação é vista somente como meio de satisfação visual, sem finalidades pedagógicas para tal, focando no ver e não no saber e entender. As maiores problemáticas de ministrar atividades experimentais nas aulas são a falta de recursos, espaço físico, materiais, reagentes, tempo e desinteresse por parte dos alunos. Desinteresse esse que é evidente nas salas de aula, pois acreditam que a Química se trata de uma disciplina teórica, difícil e com muitos cálculos. Os desafios enfrentados pelos professores aliados ao fato do desinteresse dos alunos pela disciplina, fazem com que muitos docentes optem por deixarem de lado este recurso didático fantástico. A experimentação demonstrativa-investigativa vem para quebrar com esse paradigma e mostrar aos alunos que a Química pode ensinar e ser divertida ao mesmo tempo, além de ter aplicação no dia a dia e no contexto em que os alunos estão inseridos. Muitos alunos relataram que conseguiram absorver melhor o conteúdo “vendo na prática”, além de ser mais visual e de mais fácil absorção por parte dos discentes. Com o objetivo de desenvolver atividades experimentais com cunho pedagógico nas aulas de Química do Ensino Médio, podendo ser feitas em sala de aula, sem a necessidade de um laboratório equipado ou materiais laboratoriais, aproposta deste trabalho é trazer e aplicar a experimentação demonstrativa investigativa, de modo que ao final do experimento o aluno seja capaz de compreender o fenômeno do ponto de vista submicroscópico, a partir de observações e elaboração de hipóteses, além de ver uma aplicabilidade em seu cotidiano a partir de um experimento contextualizado. Utilizando a metodologia de pesquisa qualitativa, um diário de pesquisa e relatórios de observações, podemos avaliar a participação dos alunos nessas atividades e também sua visão sobre a experimentação no Ensino e a motivação para o estudo dos conceitos científicos associados a ela. Os resultados obtidos com a pesquisa mostraram que apesar dos experimentos fugirem da rotina da sala de aula e tornarem as aulas mais dinâmicas, somente o experimento em si não é garantia de aprendizagem dos conteúdos da disciplina, uma vez que este recurso didático combinado com outros pode se tornar mais efetivo. |