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Título: Da conexão à adicção : análise jurídico-comportamental dos riscos das redes sociais à saúde mental
Autor(es): Andrade, Gabriel Figueira
Orientador(es): Lage, Fernanda de Carvalho
Assunto: Redes sociais on-line
Direito digital
Economia digital
Data de apresentação: 20-Jul-2023
Data de publicação: 3-Ago-2023
Referência: ANDRADE, Gabriel Figueira. Da conexão à adicção: análise jurídico-comportamental dos riscos das redes sociais à saúde mental. 2023. 82 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023.
Resumo: O presente trabalho busca analisar novas formas de vulnerabilidade do consumidor com o advento da economia digital, com enfoque nas redes sociais e seus efeitos psicológicos e neuroquímicos nos usuários. O recorte traçado focou em elementos presentes nas plataformas de redes sociais da Meta (Facebook e Instagram), Snap (Snapchat) e Bytedance (Tik Tok). A escolha dessas plataformas decorre das recentes ações judiciais nos EUA, relacionadas aos comportamentos aditivos gerados por essas tecnologias nos consumidores. Como objetivo geral, almeja-se fornecer os principais elementos a serem considerados ao endereçar a proteção do consumidor em face dessas tecnologias, perseguindo a hipótese defendida OCDE de que todos os consumidores são potencialmente vulneráveis. Quanto aos objetivos específicos, busca-se demonstrar a gama de efeitos gerados na psiquê dos consumidores. Para isto, a princípio analisa-se as economias da atenção e o impacto do advento das plataformas digitais, averiguando a vulnerabilidade digital do consumidor frente a multiplicidade de estímulos digitais que atuam em sua esfera psicológica de forma a gerar sobrecarga informacional e consequentes vieses cognitivos. Para tanto, adentra-se na análise do modelo de negócios dessas plataformas, que decorre da exploração de quantidades massivas de dados, para se averiguar como os algoritmos empregados pelas provedoras das redes sociais permitem a montagem de densos perfis dos consumidores e potencial adoção de personalized dark patterns, conforme nomenclatura da OCDE. De mesmo modo, a pesquisa examina como os mecanismos de design das plataformas de redes sociais exploram as vulnerabilidades humanas através de métodos com efeitos cognitivos adversos. Isto inclui o medo de ficar de fora (FOMO) e o validation-seeking, que são explorados para aumentar o engajamento e retenção do usuário, assim como são analisados a exploração de mecanismos neuroquímicos relacionados ao sistema dopaminérgico. A metodologia adotada foi uma abordagem qualitativa de revisão bibliográfica e análise normativa, com o intuito de realizar uma análise temática interdisciplinar, visando coletar descobertas provenientes de diversas disciplinas e evidenciar os debates em curso que atravessam diferentes domínios de pesquisa. Conclui-se que a legislação e a aplicação das leis devem levar em conta os aspectos psicológicos dos consumidores. Defende-se que o conceito de “vulnerabilidade” no direito do consumidor precisa ser ampliado para incluir aspectos mentais individuais, considerando a correlação de determinados fatores internos (como traços de personalidade e transtornos neurobiológicos) relacionados ao desenvolvimento de comportamentos compulsivos e aditivos relacionados às redes sociais. Este trabalho sugere que todos os consumidores podem ser considerados hipervulneráveis, tendo em vista a exploração das redes sociais de traços psicológicos e neuroquímicos dos consumidores.
Abstract: The present paper seeks to analyze new forms of consumer vulnerability with the advent of the digital economy, focusing on social networks and their psychological and neurochemical effects on users. The cutout focused on elements present in the social networking platforms of Meta (Facebook and Instagram), Snap (Snapchat) and Bytedance (Tik Tok). The choice of these platforms stems from recent lawsuits in the US related to the addictive behaviors generated by these technologies in consumers. As a general objective, we aim to provide the main elements to be considered when addressing consumer protection in the face of these technologies, pursuing the hypothesis defended OECD that all consumers are potentially vulnerable. As for the specific objectives, it seeks to demonstrate the range of effects generated in the psyches of consumers. For this, at first, the economies of attention and the impact of the advent of digital platforms are analyzed, investigating the digital vulnerability of the consumer in the face of the multiplicity of digital stimuli that act in their psychological sphere in order to generate informational overload and consequent cognitive biases. To this end, we analyze the business model of these platforms, which stems from the exploitation of massive amounts of data, to ascertain how the algorithms employed by social network providers allow the assembly of dense consumer profiles and potential adoption of personalized dark patterns, according to OECD nomenclature. Similarly, the research examines how the design mechanisms of social media platforms exploit human vulnerabilities through methods with adverse cognitive effects. This includes fear of missing out (FOMO) and validation-seeking, which are exploited to increase user engagement and retention, as well as the exploitation of neurochemical mechanisms related to the dopaminergic system. The methodology adopted was a qualitative approach of bibliographic and regulatory review, with the aim of carrying out an interdisciplinary thematic analysis, aiming to collect findings from different disciplines and highlight the ongoing debates that cross different research domains. It concludes that legislation and enforcement should take into account the psychological aspects of consumers. It is argued that the concept of "vulnerability" in consumer law needs to be broadened to include individual mental aspects, considering the correlation of certain internal factors (such as personality traits and neurobiological disorders) related to the development of compulsive and addictive behaviors related to social media. This work suggests that all consumers can be considered hypervulnerable, in view of social networks' exploitation of consumers' psychological and neurochemical traits.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, 2023.
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