Concepções de profissionais de saúde mental acerca da economia solidária

Abstract

Introdução: A reforma psiquiátrica brasileira é um movimento que alterou a forma de atenção à saúde de pessoas com transtornos mentais e usuários de álcool e outras drogas, dando maior ênfase às potencialidades e à inclusão social. Este trabalho visou identificar as concepções que os profissionais apresentam acerca da Economia Solidária (Ecosol), forma de organização de trabalho, a fim de gerar subsídios para a discussão de seu papel na saúde mental. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa ancorada na teoria das representações sociais, realizada por meio de pesquisa bibliográfica e entrevistas semiestruturadas. Foram entrevistados 9 profissionais de saúde mental de um CAPS do Distrito Federal (DF), que posteriormente foram transcritas e processadas através do software Iramuteq, gerando um dendrograma composto de 5 classes, as quais foram analisadas. Resultados e Discussão: O primeiro eixo do dendrograma, formado pelas classes 1 e 5, é integrado por relatos da vivencia dos profissionais em oficinas terapêuticas desenvolvidas no CAPS. O segundo eixo é formado pelas classes 3 e 4, traz elementos atribuídos ao funcionamento do CAPS e dá a ele o lugar de gestor do cuidado. O terceiro eixo, formado pela classe 2, funciona como síntese das demais classes, incorporando ideias apresentadas nos demais eixos. Considerações finais: Observa-se que apesar das diversas dificuldades enfrentadas para o desenvolvimento das oficinas terapêuticas da unidade, os profissionais de saúde mental apresentam o desejo de continuar o desenvolvimento destas oficinas, tendo na Economia Solidária o modelo de organização e estruturação almejado para tal.