A ludicidade nos anos iniciais do ensino fundamental : um olhar sobre o trabalho docente em uma escola pública do Distrito Federal

Abstract

O presente estudo, em meio à vivência da ludicidade em uma turma de anos iniciais do Ensino Fundamental na rede pública de Ensino Distrito Federal, teve por objetivo analisar a importância de trabalhar a ludicidade e apontar os desafios existentes dentro do ambiente escolar pelos professores em seu trabalho pedagógico. Nesse sentido, pautados nos estudos de Freire (1979, 1981, 2010), Kyshimoto (2009), Maluf (2009), Vygotsky (1984, 1991, 2010), entre outros, dialogamos com os autores e com os dados da pesquisa sobre a ludicidade como um elemento que traz contribuições no desenvolvimento cognitivo, cultural, físico, social, afetivo, ético e estético da criança. E que possibilita ainda que os conteúdos propostos possam ser trabalhados de forma lúdica para uma aprendizagem significativa. Optou-se em realizar uma entrevista semiestruturada com uma professora que atua no segundo ano do Ensino Fundamental na rede pública de Ensino do Distrito Federal. A pesquisa foi de caráter qualitativo, sendo que todos os dados foram fundamentados em referenciais teóricos de autores com conhecimentos a respeito do lúdico. Constatou-se que o conhecimento da docente sobre o lúdico é de grande relevância para que seu fazer pedagógico seja pautado em atividades que prezem e atrelem os jogos e brincadeiras aos conteúdos que são construídos nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Percebeu-se ainda que há a necessidade de mais espaços físicos para a realização dos jogos e das brincadeiras, mais recursos materiais e também mais tempo para os realizar. Além disso, formação continuada que tenha como objetivo a construção de conhecimentos sobre a ludicidade para que seja um recurso didático presente no fazer pedagógico dos docentes dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Concluiu-se que através do lúdico, o fazer pedagógico dos docentes pode proporcionar aprendizados mais significativos, bem como um ambiente de escuta ativa e um olhar mais humano às individualidades das crianças.