Impactos na atividade física de mulheres diabéticas durante o isolamento da pandemia do covid-19

Abstract

A pandemia do coronavírus fez com que surgisse a necessidade de distanciamento social para controle de sua propagação. Neste cenário, a prática de atividades físicas na população com diabetes mellitus (DM) sofreu interferência. Considerando a prática de atividades físicas como parte importante do tratamento em DM, o objetivo deste estudo é entender como o isolamento imposto pela pandemia afetou a frequência de atividade física afetando mulheres pacientes de Diabetes Mellitus. Este estudo examinou o impacto da pandemia de COVID-19 no controle diário do diabetes e no comprometimento com a atividade física entre diferentes grupos de diabéticos no Brasil. Um questionário online foi compartilhado pelas redes sociais e coletou dados de 106 participantes mulheres com DM. Resultados: Antes do distanciamento 66,98% praticavam >3h p/sem, durante ele 42,45% praticavam >3h p/sem; antes 36,79% praticavam atividades acompanhados, durante 19,81% atividades acompanhados; também foram coletados comentários individuais e possíveis alternativos para a atual situação. Os resultados mostraram uma diferença significativa entre como a pandemia afetou o processo de atividade física dos entrevistados e a quarentena subsequente. Os entrevistados que relataram ter sofrido interrupções em suas vidas diárias enfrentaram o desafio de se adaptar às mudanças diárias e ao novo sistema de abordagem do diabetes. Para lidar com a inatividade física, as novas exigências emocionais, físicas e psicológicas, os inquiridos conseguiram identificar e implementar novas formas de exercício que conjugadas com as suas necessidades de distração e movimento. Isso sugere que as pessoas com diabetes podem precisar de informações sobre como lidar melhor com a prática de exercícios físicos com diabetes em casa ou em outros ambientes. Com isso conclui-se que a pandemia afetou a vida dos diabéticos, prejudicando a rotina de atividade física e qualidade de vida.